domingo, 25 de abril de 2010

As Paixões da Alma: Os dias da Música 2010. O desejo, a alegria e a tristeza

Cortesia do CCB

«Em 1649, ano em que parte para Estocolmo a convite da rainha Cristina da Suécia, René Descartes (1596-1650) publica o Tratado das Paixões, correntemente conhecido como As Paixões da Alma. Descartes aprofunda aí a sua especulação sobre o pensamento humano, desmistificando a crença de que os sentimentos se localizavam no coração e insistindo em que é o cérebro que comanda todas as manifestações exteriores das paixões da alma, e contribui para uma longa tradição de tentativas de sistematização das paixões. Dos artigos 53 a 67 enumera todas as paixões, mas no artigo 69 sustenta que há apenas seis “que são simples e primitivas”. Todas as outras derivam destas. Ei-las: a admiração, o amor, o ódio, o desejo, a alegria e a tristeza.
Este conjunto de paixões revelou-se o ponto de partida perfeito para os Dias da Música 2010. Na escolha das obras e compositores a ser apresentados nesta edição do festival, procurámos abranger os mais variados géneros e épocas, fazendo apelo à comunidade musical para que reflectisse connosco uma programação transversal aos séculos, abrangente e, esperamos, surpreendente na evocação das paixões que cada obra inspira. No fundo, queremos proporcionar-lhe três dias em que possa divertir-se, desfrutando de obras já bem conhecidas e de outras por descobrir, tudo sob uma perspectiva diferente: a das paixões da alma». In Boletim Abril, Maio, Junho 2010 do CCB.








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