Cortesia axoniosgastos
(1933-1999)
Ernesto Augusto de Melo Antunes foi um militar português, pensador, estadista e uma figura determinante da transição democrática portuguesa. Principal estratega do 25 de Abril de 1974.
Militar de carreira, participou no Movimento dos Capitães e, nessa qualidade, foi o principal redactor, em Março de 1974 do documento O Movimento das Forças Armadas e a Nação, o primeiro documento de conteúdo claramente político. Co-autor e principal redactor do Programa do MFA, o programa dos três «Dês» Descolonizar, Democratizar e Desenvolver, pertenceu à sua comissão coordenadora depois de 25 de Abril de 1974.
Foi várias vezes ministro nos Governos Provisórios. Negociou a independência da Guiné-Bissau e fez parte do Conselho dos Vinte, órgão do MFA antes do período constitucional, do Conselho da Revolução, e do Conselho de Estado. Notabilizou-se ainda por ter participado activamente na elaboração do Programa de Acção Política e Económica, Dezembro de 1974, e do Documento dos Nove,Agosto de 1975, conhecido como documento Melo Antunes por dele ter sido o primeiro subscritor.
Cortesia revistaantigaportuguesa
Em plena crise do 25 de Novembro, numa ousada intervenção televisiva e perante as vozes que queriam ilegalizar o Partido Comunista, Melo Antunes apresenta este partido como indispensável à consolidação da democracia em Portugal. Uma posição que lhe custará inimizades e incompreensões que o acompanharão até ao fim da sua vida. Numa posição mais discreta, desenvolveu notável intervenção no período da «consolidação democrática». Entre 1977 e 1983, foi presidente da Comissão Constitucional, sendo nomeado Conselheiro de Estado, nos mandatos de Ramalho Eanes e de Jorge Sampaio. Foi consultor e subdirector geral da UNESCO.
Morre aos 65 anos de idade. Em 2004 foi promovido a coronel, a título póstumo.
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