olhandoestremoz
(1901-1967)
Tomaz Alcaide foi um tenor português alentejano, de Estremoz, com carreira de sucesso internacional. Desistiu de Medicina para se dedicar exclusivamente à música. Durante mais de duas décadas cantou nas salas mais conceituadas da Europa: do La Scala, em Milão, ao Salzburger Festspielhaus, a ópera de Salzburgo, na Áustria. Gravou também para a reconhecida empresa discográfica Columbia Gramophone Company.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, partiu para a América Latina , tendo actuado sobretudo no Teatro Cólon de Buenos Aires, na Argentina, e no Teatro Municipal de São Paulo, no Brasil. Quando voltou a Portugal, no final dos anos 40, tinha trabalhado com os nomes mais importantes do campo lírico internacional.
Em 1923, teve um golpe de sorte. O cantor do Teatro de S. Carlos, em Lisboa, que ia interpretar o papel de Duque na ópera "Rigoletto", de G. Verdi, adoeceu. Era necessário substitui-lo e Tomás Alcaide estava no sítio certo, na hora certa. A veia artística ganhou, assim, à científica.. Em 1925, partiu para Itália para ser aluno do italiano Fernando Ferrara. Neste ano, no dia 5 de Dezembro, fez a sua estreia oficial no Teatro Carcano, de Milão, no papel de Wilhelm Meister, na ópera cómica «Mignon» de Ambroise Thomas. Deu início, assim, à sua carreira internacional, que o levaria a outras capitais europeias.
Decidiu retirar-se dos palcos em 1952.Entre 1963 e 1967, Tomás dirigiu a Escola de Canto do Teatro da Trindade, em Lisboa, e foi mestre de canto e de cena da Companhia Portuguesa de Ópera.
Tomaz Alcaide está, como quase sempre acontece aos «grandes», muito esquecido. Para além da estátua e de um Centro Cultural na sua terra natal, e de uma rua com o seu nome em Évora, pouco mais se fez em homenagem a este enorme cantor. «Lembram-se de algum outro cantor de ópera português que cante, hoje em dia, no Scala, em Salzburgo ou no Colón?». José Quintela Soares
O grande tenor morreu aos 66 anos.
O grande tenor morreu aos 66 anos.
«Bem no centro de Estremoz, cidade de Tomás Alcaide, está uma estátua que não deixa esquecer aquele que foi um dos maiores filhos da terra e que cantou bem alto o nome de Portugal». CM Estremoz.
operapertutti/CMEstremoz/JDACT
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