(1891-1971)
Vila Franca do Campo, Ilha de S. Miguel
Açores
Cortesia de alfarrabiodiuminho
Armando César Côrtes-Rodrigues foi um escritor, poeta, dramaturgo, cronista e etnólogo açoriano que se distinguiu pelos seus estudos de etnografia e em particular pela publicação de um Cancioneiro Geral dos Açores e de um Adagiário Popular Açoriano, obras de grande rigor e qualidade.
Concluído o ensino secundário partiu para Lisboa, onde se licenciou pela Faculdade de Letras de Lisboa, criando amizade com Fernando Pessoa e feito parte do grupo do Orpheu.
Cortesia de livrariaultramarina
Colaborou nos dois primeiros números da Revista Orpheu com vários poemas, alguns dos quais assinados com o pseudónimo Violante de Cysneiros. Já nessa colaboração demonstra um modernismo moderado, que viria a abandonar quase completamente ao longo do seu percurso poético, cedendo à tradição de composição lírica e reflectindo na sua obra a sua açorianidade através de um classicismo poético de acentuada vertente humanista.
Colabora nos periódicos:
A Águia;
Orpheu;
Exílio;
Presença;
Cadernos de Poesia;
Portucale;
Atlântico.
Escreve crónicas e teatro, tendo a sua peça Quando o Mar Galgou a Terra sido adaptada para argumento de um bem sucedido filme português. Em 1953 ganhou o Prémio Antero de Quental com o livro Horto Fechado e Outros Poemas, obra em que evoca as suas raízes.
estrangeiros (como ...
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Cortesia de auladeliteraturaportuguesa
Armando Côrtes-Rodrigues foi um importante activista cultural, participando em múltiplas iniciativas e instituições. Foi um dos sócios fundadores do Instituto Cultural de Ponta Delgada, tendo dirigido a sua publicação, a revista Insulana.Cortesia de estatuariamicaelense
Armando Côrtes-Rodrigues afirmou-se como um dos maiores intelectuais açorianos do século XX, deixando uma obra cultural marcante. É recordado na toponímia de Ponta Delgada, cidade onde também existe um espaço de memória e de criação estética, a Morada da Escrita/Casa Armando Côrtes-Rodrigues, um equipamento cultural instalado na última casa onde o escritor habitou.
Obras poéticas e contos:
(1922), Ode a Minerva. Angra do Heroísmo;
(1922), Conto do Natal para a Fernanda in Os Açores, Revista Ilustrada, Ponta Delgada, Barbosa e Irmão;
(1924), Em Louvor da Humildade. Poemas da Terra e dos Pobres. Ponta Delgada, Artes Gráficas;
1934), Cântico das Fontes. Ponta Delgada, Gráfica Regional;
(1942), Cantares da Noite Seguidos dos Poemas de Orpheu. Ponta Delgada, Gráfica Regional;
1948), Quatro Poemas Líricos. Porto;
(1953), Horto fechado e Outros Poemas. Porto, Imprensa Portuguesa;
(1956), Antologia de Poemas de Armando Côrtes-Rodrigues (org. Eduíno de Jesus). Coimbra, Arquipélago;
(1957), Em Louvor da Redondilha. Atlântida, 1, n.º 6: 341-342;
(1957), Auto do Espírito Santo. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada;(1965), Auto do Natal. Atlântida, 9, n.º 6: 195-211;
Teatro e cinema:
(1926), Auto do Natal. Lisboa;
(1932), O Milhafre. Angra do Heroísmo, Liv. Editora Andrade;
(1940), Quando o Mar Galgou a Terra. Ponta Delgada, Papelaria Âmbar;
(1942), Cantares da Noite Seguidos dos Poemas de Orpheu. Ponta Delgada, Gráfica Regional (poesia, foi argumento de filme em 1954, realizado pela produtora Filmes Albuquerque, Lisboa).
Crónicas:
(1961-1966), Voz do Longe. Ponta Delgada, Instituto Cultural de Ponta Delgada.
Etnografia:
(1937), Poesia Popular Açoriana. Angra do Heroísmo, Tipografia Editora Andrade;(
1942), Cantar às Almas, Açoriana, Angra do Heroísmo, 3, n.º 1: 17-35;
(1982), Cancioneiro Geral dos Açores. Angra do Heroísmo, Direcção Regional dos Assuntos Culturais, 3 volumes;
(1982), Adagiário Popular Açoriano. Angra do Heroísmo, Secretaria Regional da Educação e Cultura, 2 volumes.
Cortesia de acorianooriental
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