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Ex libris é uma expressão latina que significa literalmente dos livros empregada para determinar a propriedade de um livro. Portanto, ex libris é um complemento circunstancial de origem (ex + caso ablativo) que indica que tal livro é «propriedade de» ou «da biblioteca de».
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A inscrição pode estar inscrita numa vinheta colada em geral na contra capa ou página de rosto de um livro para indicar quem é seu proprietário. A vinheta em geral contém um logotipo, brasão ou desenho e a expressão «Ex libris» seguida do nome do proprietário. É possível que contenha um lema, ou citação.
Inscrições de propriedade em livros não eram comuns na Europa até o século XIII, quando outras formas de biblioteconomia se tornaram comuns.
Ex-Libris ou «ex libris»:
- Marca escrita ou desenhada que indica no princípio, no frontispício ou na guarda de um livro a livraria ou a pessoa a quem pertence ou pertenceu esse livro. In J. Pedro Machado;
- Um indicativo de propriedade, uma marca de posse bibliográfica, que vai desde o nome do possuidor, manuscrito na capa, na folha-de-guarda ou primeiras folhas do volume, até folha solta de papel, pano ou pele, de mais ou menos reduzidas dimensões, onde estão manuscritos ou impressos desenhos ou dizeres e que aparecem apostos geralmente no ante rosto do volume encadernado ou brochado (quando não é intercalado na encadernação, antes da primeira folha); abrangendo ainda desenhos e dizeres gravados a oiro ou a seco, nas pastas e lombadas das encadernações, ou pintados em pele ou marfim, ou ainda abertos a buril em chapas de metal, e que são apostos na parte anterior do volume, nos locais indicados. In Armando de Mattos;
- O documento que garante ao dono de um livro a posse deste. Esse documento - que se cola no verso da capa (cobertura da frente) de cada obra que se possua - é constituído por uma estampa (de desenho heráldico, alegórico, simbólico, ornamental ou falante) obtida de gravura mecânica ou artística, especificamente executada para o efeito, na qual tem de estar incluída a expressão portuguesa «Ex-Líbris de» (ou qualquer outra equivalente: «Da Biblioteca de», «Dos livros de», «Este livro é de», etc.), seguida do nome (geralmente abreviado) do utente do livro. A composição desse ex-líbris deverá expressar claramente (se não for apenas heráldica) a maneira de ser do seu usuário, as suas tendências culturais e artísticas, os seus ideias, bem como outros elementos que caracterizam a pessoa que use essa marca bibliotecária; mas todo esse desenho deve ser o mais singelo possível - para que não se torne num amontoado semiológico - e de tal maneira executado que, ao ser reduzido, por processo mecânico ou artístico, os traços não fiquem juntos, produzindo um 'empestelamento' desagradável e prejudicial. (...) É de toda a conveniência que esse desenho contenha também uma legenda ou divisa usada pelo possuidor, embora esta não seja obrigatória. O que é indispensável é que no ex-líbris figure o nome do utente, pois de contrário este não identifica quem é o dono do livro, deixando assim de cumprir uma das suas funções fundamentais (...) Convirá, igualmente, que nas marcas bibliotecárias não se empregue ao acaso a expressão latina ou a palavra portuguesa. Se o nome do utente (pessoa ou entidade) aparecer escrito em latim, naturalmente que será ex libris (Ex libris / Iosephi ...) sem preposição «de» - inexistente na língua de Lácio - a seguir à locução; mas se o nome figurar em português, necessariamente e sem qualquer dúvida que o termo terá de ser ex-líbris (Ex-líbris / de José ...) com preposição. In Fausto Moreira Rato.
O ex libris pode ser definido como sendo um verdadeiro título de propriedade que identifica os livros de uma pessoa ou biblioteca expressando a personalidade daquele que o possui. Podemos associar a ele palavras e expressões como «brasão do espírito», «emblema», «selo», «etiqueta», «pertence», «sigla bibliotecária», «vinheta», «marco bibliográfico», «sigla livresca», «iconografia livresca», «marca de posse», até «logotipo».
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O ex libris contribuiu para a formação de uma arte inimitável acompanhando as tendências artísticas de cada época. Ao mesmo tempo se prestava a identificar o livro e sintetizava as tendências intelectuais, morais, literárias, científicas, enfim, os traços culturais de seu tempo. (...) Traduzindo a personalidade de seu titular (ou utente), ele vale muito mais do que podemos imaginar à primeira vista pois constitui um emblema sintético da expressão psicológica individual, associado à concepção artística do desenhista que lhe dá forma, expressão e decoração artística. É um momento único de cooperação entre o artista criador e o bibliófilo que o inspirou. In Stella Maris de Figueiredo Bertinazzo.
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