quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Henrique Lopes de Mendonça: Por ocasião do Ultimato Inglês de 1890, escreveu, com música de Alfredo Keil, a marcha A Portuguesa que, em 1910 o Governo da República adoptou como Hino Nacional. Como escritor e dramaturgo iniciou a sua carreira em 1884 com a peça A Noiva

(1856-1931)
Lisboa
Cortesia de jornalaguarda

Henrique Lopes de Mendonça foi um militar, historiador, arqueólogo naval, professor, conferencista, dramaturgo, cronista e romancista.
Em Agosto de 1889 foi nomeado para proceder à elaboração de uma obra onde se historiassem metodicamente os feitos da Armada Portuguesa. Como fruto dessas investigações do seu consequente interesse pela arqueologia naval, publicou uma obra que designou Estudos sobre Navios Portugueses dos séculos XV e XVI.


Como escritor e dramaturgo, Henrique Lopes de Mendonça iniciou a sua carreira em 1884 com a peça A Noiva. A sua obra seguinte, a peça A Morta, foi galardoada com o prémio D. Luís I da Academia das Ciências de Lisboa.

Cortesia de lopesmendonca 
Por ocasião do Ultimato Inglês de 1890, escreveu, com música de Alfredo Keil, a marcha A Portuguesa que, em 1910 o Governo da República adoptou como Hino Nacional. O Comandante Henrique Lopes de Mendonça foi ainda membro da Academia Brasileira de Letras desde 1923, sócio do Instituto de Coimbra, membro Honorário do Clube de Londres, vogal do Conselho de Arte Dramática e membro das Comissões Oficiais dos Centenários de Colombo e de Vasco da Gama.

Deixou escrito quase uma centena de obras teatrais, poesias, romances e estudos históricos:
  • A noiva / O Duque de Vizeu. Lisboa: Campos & Ca., 1886;
  • Os piratas do Norte: versos. Lisboa: Livr. Ed. de Tavares Cardoso & Irmão, 1890;
  • A morta: drama em 5 actos. Lisboa: M. Gomes-Livreiro Editor, 1891;
  • Estudos sobre navios portuguzes nos seculos XV e XVI. Lisboa: Academia Real das Sciencias, 1892;
  • Os orphãos de Calecut: romance historico-maritimo. Lisboa: Empreza Editora Mello de Azevedo, 1894;
  • Paraíso conquistado. Lisboa: Antiga Casa Bertrand, 1895;
  • Sol novo. Lisboa: Liv. Ferin, 1896;
  • Affonso d'Albuquerque: drama em 5 actos em verso. Lisboa: Typ. da Comp.a Nacional Editora, 1897;
  • ( ... )
  • Nó cego: peça em 3 actos. Lisboa: Ferreira & Oliveira. 1905;
  • História de Portugal contada aos pequenos portugueses. Lisboa: Ferreira & Oliveira, 1902;
  • O azebre: peça em três actos. Porto: Magalhães & Moniz, 1909;
  • O Duque de Vizeu: drama em 5 actos, em verso. Lisboa: José António Rodrigues, 1911;
  • Lanças n'Africa. Lisboa: Portugal-Brasil; Rio de Janeiro: Comp. Ed. Americana, 1912;
  • ( ... )
  • Gente namorada: contos. Lisboa: Portugal-Brasil Limitada; Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana, 1921;
  • Capa e espada: contos. Lisboa: Portugal-Brasil, 1922;
  • Alma que volta: novela. Lisboa: Editorial, 1922;
  • Júlio Dantas: esboço de perfil literário. Lisboa: Comp. Ed. Portugal-Brasil, 1923;
  • Santos de casa. Lisboa: Portugal-Brasil, 1923;
  • Tovas de Portugal descobridor. Lisboa : Livr. Portugal-Brasil, 1923;
  • Vasco da Gama. Lisboa: Imp. Nacional, 1924;
  • Vasco da Gama na história universal. Lisboa: Portugal-Brasil, 1925;
  • Santos de casa, 2ª ed. Lisboa: Portugal-Brasil, 1929.

Cortesia de livrariaultramarina
Ingressou na Armada Portuguesa como Aspirante de Marinha em 27 de Outubro de 1871 sendo promovido a Guarda-Marinha em 1 de Novembro de 1874 e a Capitão de Mar-e-Guerra em 27 de Agosto de 1909, posto em que foi reformado em 25 de Maio de 1912.

Cortesia de Dicionário Histórico/Centenário da República/JDACT