terça-feira, 14 de junho de 2011

Jorge Semprún: O Eterno Resistente. «...durante o 65º aniversário da libertação do «maldito» campo de extermínio, afirmando-se «extraordinariamente irritado com a ideia de que em breve já não estarei aqui para dizer o que tenho a dizer»


(1923-2011)
Madrid
Cortesia de wikipedia

Jorge Semprún Maura foi um escritor, intelectual, político e argumentista cinematográfico espanhol, cuja obra foi escrita maioritariamente em francês. Seu pai era o intelectual republicano José María Semprún e Gurrea, professor e advogado, governador civil da província, no início da República.
Ingressou em 1942 no Partido Comunista de Espanha. Em 1943, após ter sido denunciado, foi preso, torturado e, em seguida, deportado para o «maldito» campo de concentração de Buchenwald, estadia que marcou a sua experiência mais tarde literária e política. Após a sua libertação, foi saudado como herói em Paris, onde se estabeleceu.

Cortesia de acasadalapa 

De 1945 até 1952 trabalhou para a UNESCO; em 1952, trabalha permanentemente para o PCE, chegando a fazer parte do Comité Central desde 1954 e do Comité Executivo desde 1956. Dentro do partido, realizou uma intensa actividade clandestina em Espanha com o nome de Federico Sánchez.

Os anos 90 marcariam o corte de relações definitivo do escritor com a política, para se ocupar quase exclusivamente, nas suas obras e intervenções públicas, da preservação da memória da resistência às ditaduras do século XX. O escritor tinha regressado a Buchenwald no ano passado, durante o 65º aniversário da libertação do «maldito» campo de extermínio, afirmando-se «extraordinariamente irritado com a ideia de que em breve já não estarei aqui para dizer o que tenho a dizer».
A guerra civil espanhola e a experiência dos campos de concentração marcaria a produção literária do escritor, entre mais de uma dezena de obras autobiográficas e de fição, entre as quais «A longa viagem» ou «Aquele domingo». In EuroNews.

Cortesia de EuroNews/JDACT