sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Buraco do Ozone. Um pouco melhor. 16 de Setembro de 1987, Protocolo de Montreal: «Na Antártida, as coisas estão melhorando gradualmente. Em comparação com o tamanho máximo atingido em 24 de Setembro de 2006 (29,6 milhões de km2), o buraco de ozone diminuiu para 22,6 milhões em 25 de Setembro do ano passado»



Cortesia de wikipedia

 
«Uma vez que este caso é uma confusão a nível global, as Nações Unidas, em 1995, que instituiu o Dia Internacional para a preservação da camada de ozone. A escolha está ligada à data de 16 de Setembro de 1987, quando foi assinado o Protocolo de Montreal pelo qual os CFCs foram banidos, isto é, o principal gás culpado pela destruição da camada de ozone ou trioxigénio sobre os pólos, que foi ratificado por 196 países.

O ozone é uma molécula particular de oxigênio composta por três átomos de oxigênio ao invés do usual duas que respiramos. A Terra é cercada por uma camada natural de ozone na estratosfera e situa-se entre 15 e 32 km de altitude. A camada é tão rarefeita que se fosse comprimida à pressão atmosférica ao nívem médio do mar, teria uma espessura que não ultrapassaria os 3 mm. Esta camada tem a propriedade de absorver a radiação ultravioleta do Sol; por este motivo, sem a protecção do ozone, as radiações causariam graves danos aos organismos vivos que habitam à superfície do planeta Terra. É importante lembrar que não é o ozone em si o responsável pela protecção contra os raios ultravioletas, mas o ciclo ozone-oxigênio. Neste ciclo, há grande absorção da radiação solar, transformada em energia térmica na estratosfera. Os CFCs, conhecidos pelo efeito prejudicial à ozonosfera, por meio do cloro gasoso, têm o papel de paralisar o ciclo.

 



Cortesia de youtube e unep

O ozone (O3), é um gás à temperatura ambiente, instável, altamente reactivo e oxidante, diamagnético, O gás liquefaz à temperatura de -112° C, e possui ponto de congelamento a -251,4° C, é uma variedade alotrópica do elemento oxigénio (O), formada por três átomos deste elemento, unidos por ligações simples e duplas, sendo um híbrido de ressonância com comprimento médio de ligação de 0,128 nm , possui coloração azul pálida, atingindo coloração azul escura quando transita para o estado líquido. Ele está presente em pequenas concentrações naturalmente na estratosfera, parte de atmosfera que abrange aproximadamente dos 15 até 50 km de altura. Uma notável característica deste gás é a sua capacidade de absorver luz ultravioleta solar na faixa de 220-320 nm, (embora diferentes autores discordem ligeiramente sobre esse limite) o que o torna um ‘escudo’ natural da Terra, camada de ozone, para os seres humanos e a outras formas de vida, para o qual esses raios são nocivos. A produção não-catalítica natural de ozone ocorre com a colisão de uma molécula de O2 com um átomo de oxigénio. A sua destruição não-catalítica se deve ao facto dele absorver as radiações ultravioleta solar, sendo destruído por esse processo ou por reacções com átomos de oxigénio.

 


Cortesia de youtube e unep

A destruição catalítica do ozone ocorre devido a existência de átomos e moléculas, chamados de catalisadores, que reagem eficientemente com o ozone retirando um átomo de oxigénio de sua estrutura molecular. Exemplos de catalisadores: Cloro e Bromo. O buraco na camada de ozone é um fenómeno que ocorre somente durante uma determinada época do ano, entre Agosto e início de Novembro. Quando a temperatura se eleva na Antárctica, em meados de Novembro, a região ainda apresenta um nível abaixo do que seria considerado normal de ozone. No decorrer do mês, em função do gradual aumento de temperatura, o ar circundante à região onde se encontra o buraco inicia um movimento em direcção ao centro da região de baixo nível do gás. Desta forma, o deslocamento da massa de ar rica em ozone (externa ao buraco) propicia o retorno aos níveis normais de ozonificação da alta atmosfera fechando assim o buraco. A Organização Meteorológica Mundial (WMO) no seu relatório de 2006 prevê que a redução na emissão de CFCs, resultante do Protocolo de Montreal, resultará numa diminuição gradual do buraco de ozone, com uma recuperação total por volta de 2065. No entanto, essa redução será mascarada por uma variabilidade anual devida à variabilidade da temperatura sobre a Antárctica. Quando os sistemas meteorológicos de grande escala, que se formam na troposfera e sobem depois à estratosfera, são mais fracas, a estratosfera fica mais fria do que é habitual, o que causa um aumento do buraco na camada de ozone. Quando eles são mais fracos (como em 2002), o buraco diminui». In Wikipedia, WMO, UNEP, Corriere della Sera, Paul Virtuani.

Continua
Cortesia de UNEP/WMO/You Tube/JDACT