Cortesia de mosempre
Sangue Ardente
Teu sangue quente, volúpia ardente
é como brasa
é tentação,
negra escultura, alma dolente.
Teu corpo negro,
provocação!
Mas se o teu riso cantante
chora,
a dor tristonha
da tua sorte,
deixa que um beijo se perca
agora,
noutro desejo
que é vida
e morte!
Que dos teus lábios uma promessa,
finde a amargura
de quem amou,
teu ser perfeito
que se formou,
nessa cor negra
que nunca
cessa...
Maria Joana Couto, in «Cinzas de uma Fogueira Longe»
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