Cortesia de wikipedia
Tardes Sombreadas
Nas tardes sombreadas de carmim,
quando oiço o mar cantando a minha dor
e o sol à despedida muda a cor...
Mostrando-nos o dia já no fim...
Nas tardes de acalmia e sempre assim
serenas, como um sonho embalador,
que aumenta muito mais o meu fervor,
a tudo o que observo no enfim...
Nas tardes, nestas tardes sempre lindas,
que dão lugar à noite, sem tormenta,
em horas que seguem quase infindas...
Distante por me ver, sem te encontrar,
sózinha sinto a sede que me alenta...
E ausento-me de mim, a divagar...
Poema de Maria Joana Couto, in «Cinzas de uma Fogueira Longe»
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