domingo, 29 de abril de 2012

Fundação Gulbenkian: Exposição Colectiva de Fotografia e Vídeo. «Fronteiras – Encontros de Fotografia de Bamako. Fronteiras foi a grande exposição panafricana que os Encontros de Bamako apresentaram em 2009, com direcção artística de Michket Krifa e Laura Serani»



Cortesia de fcg

Fronteiras – Encontros de Fotografia de Bamako foi o título da exposição colectiva de fotografia e vídeo que o Programa Gulbenkian Próximo Futuro inaugurou em 2011, Sábado, nas Galerias de Exposições Temporárias da Sede da Fundação Gulbenkian.
Produzida em 2009, no âmbito da última edição dos Encontros de Bamako [Mali] – Bienal Africana de Fotografia, a mostra Fronteiras reúne cerca de 180 fotografias e vídeos, naquela que será «a maior exposição de fotografia africana alguma vez mostrada em Portugal», disse António Pinto Ribeiro, comissário do Programa Gulbenkian Próximo Futuro. Nesta exposição foram apresentados trabalhos de artistas de todos os países africanos, incluindo do Norte de África, «uma parte do continente africano que habitualmente, nas nossas representações de África, é excluído», disse o comissário. Assim, encontrámos artistas do Egipto ou de Marrocos. Mas também o trabalho de várias fotógrafas e obras com recurso à fotografia de cor, que durante muitos anos foi quase interdita, pois «os históricos da fotografia africana consideravam que a fotografia a sério deveria fazer-se a preto e branco», explicou. Esta exposição contou ainda com obras em suporte vídeo, algumas de natureza mais narrativa, outras mais impressionistas. Contam histórias pessoais, ficções de histórias possíveis, histórias de viagens, ou de enclausuramento. O tema do visto é recorrente, mas também há auto-retratos.



Cortesia da fcg

Fronteiras foi a grande exposição panafricana que os Encontros de Bamako apresentaram em 2009, com direcção artística de Michket Krifa e Laura Serani. Para as duas curadoras, «a questão das Fronteiras é eminentemente actual e paradoxal num mundo onde, por um lado, se proclama e se pratica o desaparecimento das fronteiras políticas e económicas e, por outro, são erigidos muros para protegê-las». As obras que compõem esta exposição apresentam assim diversas interpretações e representações das questões sociopolíticas, culturais e identitárias que envolvem as fronteiras e as suas realidades complexas. Trabalhos que falam de fluxos migratórios, quer em direcção à Europa, quer dentro do próprio continente africano, onde as fronteiras são tão ou mais intransponíveis do que as que separam os outros continentes». In Fundação C. Gulbenkian.

Cortesia de fcg
Cortesia da Fundação Gulbenkian/JDACT