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O Calendário Azteca
«O “calendário” foi um dos mais remotos e importantes dispositivos de
cálculo, um sistema para medir e registar o fluir do tempo.
Ao compreender que a natureza apresenta uma sequência regular de estações
que controla as colheitas, os povos antigos tentaram estabelecer uma correlação
entre o dia solar, o ano solar e o mês lunar.
Uma vez que o mês lunar é cerca de 29 dias e 12 horas e o ano solar é
365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos, não foi possível dividir o ano
solar num número inteiro de meses lunares. Neste facto reside o maior problema
em desenvolver calendários consistentes. Mesmo o calendário que usamos
actualmente não é consistente, pois todos os anos múltiplos de 100 que não são
divisíveis por 400 (por exemplo 1700,1800 ou 1900) têm de perder o seu dia adicional,
apesar de serem anos bissextos.
Os aztecas tinham dois calendários, “o calendário religioso” era importante
para fins cerimoniais e não tinha nenhuma relação com o mês lunar ou o ano
solar. A data do nascimento fazia parte do nome dos aztecas.
Este calendário era formado por vinte signos e treze números, organizados
num ciclo fixo de 260 dias. O segundo calendário era determinado pela
agricultura e tinha 365 dias (Os aztecas foram buscar muitos elementos às
civilizações Tolteca e Maia, nomeadamente várias partes do seu calendário). Os
movimentos cíclicos dos corpos celestes possibilitaram aos aztecas o ajustamento
do calendário, prevendo com rigor fenómenos como os eclipses.
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Em 1790, foi descoberta a “pedra do sol azteca” ou calendário de pedra,
por altura da realização de trabalhos de reparação numa catedral da Cidade do México.
A catedral tinha sido construída num local onde existia um antigo templo
piramidal “Tenochtitlán”. O disco circular tem cerca de 3,6 metros de diâmetro
e pesa 26 toneladas. Nele está registada a história do mundo, segundo a
cosmologia azteca.
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Ao centro, está representado o “deus do sol, Tonatiuh. À sua volta
aparecem os “quatro sóis”, ou “mundos cosmogónicos (Tigre, Água, Vento e Chuva
de Fogo”), indicando as eras anteriores aos aztecas. É também aqui que estão representados
os símbolos do desenvolvimento histórico. Outra coroa é formada por vinte
figuras (crocodilo, vento, casa, lagarto, serpente, morte, veado, coelho, água,
cão, macaco, erva, cana, jaguar, águia, abutre, terramoto, sílex, chuva e flor)
e representa os vinte dias do mês azteca».
In Theoni Pappas, The
Joy of Mathematics, Fascínios da Matemática, Editora Replicação, Lda, 1ª
edição, 1998, ISBN 972-570-204-2.
Cortesia de Theoni Pappas/JDACT