Cortesia de fo e jdact
Exposição. Piso 2, até ao pf dia 13 de Janeiro de 2013
«O chá prova como uma simples planta e a infusão daí resultante desempenham
um papel importante no desenvolvimento de uma determinada civilização, e nas
trocas culturais informais entre as diferentes civilizações.
A exposição O Chá. Do Oriente para
o Ocidente torna patente estas duas dimensões nos vários núcleos que a
compõem, nomeadamente através dos aspectos materiais associados ao seu consumo
(porcelanas, mobiliário, espaços, pinturas e prataria entre outros objectos),
mas também dos aspectos habitualmente menos conhecidos da difusão da planta e
da sua transformação em chá fora do mundo sínico.
Para além do aspecto material associado ao seu consumo, o chá desempenhou
ainda um papel importante no campo da medicina e da farmacopeia, dimensão
tradicionalmente olvidada e que recentemente tem vindo a ser recuperada. Convém
assinalar como tanto na China e na Europa de antanho, o chá foi visto como
bebida medicinal antes de se divulgar e vulgarizar o seu consumo. Disso há
bastas provas na literatura científica, nomeadamente na portuguesa, antes do
chá passar a ser encarado como uma simples bebida a partir de meados do século
XVIII.
Estando o Museu do Oriente em Lisboa e sendo um dos papéis da Fundação
Oriente o de relembrar e estabelecer laços científicos e culturais com a Ásia,
mormente com a China, a exposição põe de manifesto o papel de Portugal como
mediador do conhecimento do chá entre o Extremo Oriente e a Europa. Apesar de
frequentemente referida, a dimensão portuguesa na sua divulgação só é conhecida
parcelarmente, pelo que a exposição sublinha a sua importância e fornece novas
pistas. Mais do que simples mostra de peças, esta mostra contextualiza-as e
insere-as no mundo em que foram feitas e, ao fazê-lo, torna patente um diálogo
civilizacional informal que continua nos dias de hoje». In Fundação Oriente.
Cortesia F. Oriente/JDACT