Setúbal
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«Lima de Freitas, pintor, escritor e ensaísta, foi, sem dúvida, um
homem que esteve muito à frente do seu tempo e uma das personalidades mais
notáveis do século XX português. Frontal a transmitir as suas ideias e
reflexões sobre a sociedade moderna e a rica tradição mítico-espiritual
portuguesa, ou mitolusista, se quisermos empregar o neologismo criado
por ele próprio, nunca deixou de chamar a atenção para a existência da
"Alma Lusa". Porém, não foi um nostálgico do passado, mas sim,
protagonista efectivo na emergência do Novo Paradigma e no estudo da relação do
"Portugal invisível" com a Europa telúrico-espiritual e com outras
tradições culturais da humanidade». In Ésquilo, 2006, ISBN 9789728605728.
"Tudo o que a Revolução
Francesa e, depois, o Positivismo de Augusto Conte e as teorias marxistas nos
trouxeram tende a dissolver-se no dealbar da Nova Era. Esse mote que viciou,
escravizou a mentalidade dos homens do Poder, embotando--lhes a capacidade de
se identificarem com o Povo que também são, (...) há-de esbater-se (...) na
poderosa muralha dos Mitos Lusos. (...) Portugal não tem razão para se
envergonhar perante as restantes nações da Europa. Pelo contrário, temos muito
para ensinar-lhes, para dar-lhes. Isso é um pouco o Império do Espírito Santo.
[A Missão a cumprir] tem a ver com as nossas qualidades maiores: a fraternidade
humana que temos arreigada; a ideia de universalidade; o desenho do Quinto
Império (...)." Lima de Freitas.
Cortesia de Ésquilo/JDACT