Eu canto para ti um mês de giestas
um mês de morte e crescimento ó meu amigo
como um cristal partindo-se plangente
no fundo da memória perturbada
Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
e um coração poisado sobre a tua ausência
eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
em que os mortos amados batem à porta do poema
Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
quem me dera me Maio depois morreste
com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro
Eu canto para ti Lisboa à tua espera
teu nome escrito com ternura sobre as águas
e o teu retrato em cada rua onde não passas
trazendo no sorriso a flor do mês de Maio
Porque tu me disseste quem em dera em Maio
porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa a tua espera ó meu irmão tão breve
eu canto para ti Lisboa à tua espera...
um mês de morte e crescimento ó meu amigo
como um cristal partindo-se plangente
no fundo da memória perturbada
Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
e um coração poisado sobre a tua ausência
eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
em que os mortos amados batem à porta do poema
Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
quem me dera me Maio depois morreste
com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro
Eu canto para ti Lisboa à tua espera
teu nome escrito com ternura sobre as águas
e o teu retrato em cada rua onde não passas
trazendo no sorriso a flor do mês de Maio
Porque tu me disseste quem em dera em Maio
porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa a tua espera ó meu irmão tão breve
eu canto para ti Lisboa à tua espera...