Seminário. No pf dia 4 de Julho. Pelas 18h00. Auditório da
BNP
«Quinto encontro do ciclo de
seminários Um mês, um códice iluminado,
iniciativa do Instituto de Estudos Medievais (IEM) da Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) em parceria com a
Biblioteca Nacional de Portugal. Vivemos
tempos apocalípticos é uma frase que nos últimos anos ouvimos
continuamente nos meios de comunicação e em conversas na rua. Na actual
atmosfera tensa de crise económica, política e social, o Apocalipse tem-se
tornado um texto recorrente em encontrar paralelos para descrever a situação
extrema em que a sociedade se encontra hoje. Mas, por quê? Qual é o
conteúdo do texto apocalíptico que o torna digno de ser usado para explicar
o contexto em que nos encontramos?
Esta sessão tem como objectivo
fornecer algumas respostas para essa pergunta, analisando o Apocalipse a partir
do momento que foi escrito no século II e o seu uso generalizado num
determinado período da história, a Idade Média ocidental, no qual este texto e
os comentários exegéticos que dele foram feitos, tornaram-se numa das
principais obras do espírito medieval. Especificamente vai ser analisado o
desenvolvimento que o Apocalipse teve em Portugal, onde foi escrito o Comentário
de Apringio de Beja no século VI e várias cópias do Comentário de Beato
de Liébana, do século VIII. As cópias deste comentário hoje conservadas na
Biblioteca Nacional de Portugal e no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Ordem
de Cister, Mosteiro de Santa Maria de Lorvão, serão analisadas para explicar o
sentido que o texto apocalíptico teve na sociedade medieval portuguesa. A
apresentação estará a cargo de Alicia Miguélez Cavero». In
Biblioteca Nacional de Portugal.
Cortesia da BN de Portugal/JDACT