Guilhermina revolucionou o instrumento em técnica, posição e sonoridade
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A vida de uma das maiores violoncelistas portuguesas de sempre
«Guilhermina Suggia (1888-1950) nasceu no Porto, de uma
família que pertencia à classe média alta. O seu gosto pela música em geral e
pelo violoncelo em particular, deve-se ao seu pai, Augusto Suggia, um
conhecido médico, ser também violoncelista amador, acabando por ser o seu
primeiro professor. Guilhermina fez
a sua primeira aparição em público aos sete anos de idade e aos doze chegou a
violoncelista principal na Orquestra da Cidade do Porto, tocando também
regularmente no quarteto de cordas de Bernardo Moreira de Sá. Recebeu o apoio
da família real portuguesa e aos treze anos de idade (1902)
foi estudar com o famoso Julius Klengel no conservatório de Leipzig. Lá actuou
como solista na Orquestra Gewandhaus sob a batuta de Artur Nikisch. Foi também
em Leipzig que ela e Pablo Casals, que era amigo de Klengel, se
conheceram. Viveu em Paris de 1906
até 1912, onde estudou com Casals,
com quem mais tarde manteve uma tempestuosa relação sentimental. Quando o
romance deles acabou por volta de 1912,
Guilhermina foi para Londres, onde
permaneceu durante vários anos actuando e ensinando. Ela tocava magistralmente
e as suas actuações no Concerto Lalo foram especialmente bem aceites pelos
críticos. Muitas vezes tocou também com Sir Adrian Bolt e com a Orquestra
Sinfónica da BBC em Queens Hall. A partir de documentos inéditos, fotos, depoimentos
de ex-alunos, tributos de conceituados músicos, este documentário retrata
singularidades do seu carácter e a sua comprovada genialidade como
violoncelista. Porto, Matosinhos, Maia, Espinho, Leça da Palmeira, Barcelona
e Londres são os locais por onde Guilhermina Suggia deixou o seu
luminoso rasto». In RTP1