Origens
da Filosofia Medieval: O Contributo Clássico. Helenismo e Cristianismo
A cristianização do pensamento
grego. Filosofia. Religião. Filosofia e Teologia. Ciência e Sapiência. Fontes
respectivas. Relação entre filosofia grega e doutrina cristã: justificações patrísticas.
Aspectos do contributo clássico
para a mundividência medieval. Investigação dialéctica e atitude filosófica. Harmonia
e inteligibilidade do cosmo. Distinção entre mundo sensível e inteligível.
Dimensão ética da sabedoria antiga.
Transformação cristã da
cosmovisão antiga. Contributo filosófico da doutrina cristã. Noção de Deus e do
homem. O teocentrismo e a transformação da visão harmónica do cosmo em
concepção hierárquica do mundo. Descoberta de novos valores: a ordo amoris do universo. Transformação
da visão fisicalista, estética e estática do cosmo. Origens cristãs das noções
de Progresso e História. Conceito cristão de pessoa:
sentido ético e dramático do real e da História e sentido agónico da Cultura.
Utilização cristã da filosofia
grega. Propagação do Cristianismo no mundo clássico: exemplo de S. Paulo no Areópago.
Apologética pagã e cristã. Heresias e construção teológica.
Panorama
filosófico da cultura helenística
Características gerais do
pensamento helenístico. Transformações políticas. Fusão da cultura greco-romana
com culturas orientais. Perduração dos grandes sistemas clássicos e sua modificação.
Feição mística das escolas. Sincretismo e eclectismo. Método de interpretação
alegórico: natureza, universalidade, variedades de método. A filosofia como
doutrina de salvação: mistérios da
religião grega e suas relações com escolas filosóficas.
O neopitagorismo. A tradição
pitagórica. O neopitagorismo e os cultos dos mistérios. Princípio de perfeição como regulador do mundo
inteligível. Método alegórico e simbolismo dos números. Ascetismo e filosofia
da vida.
Platónicos ecléticos e
pitagorizantes. Sincretismo filosófico: a restauração do platonismo no século I
e as influências que sofreu. Principais representantes do eclectismo
platónicopitagorizante. Preparação da síntese neo-platónica. Celso e a apologia
do paganismo.
Epicurismo. O materialismo
epicurista. Ordenação metódica da Filosofia. As comunidades epicuristas.
O
estoicismo. Origem e evolução. O método alegórico. Divisão da Filosofia. A
Física. Teologia e teleologia. Psicologia. Ética: influência da ética estóica
nos moralistas cristãos.
Cépticos e
Académicos. Fases do cepticismo grego. A Nova Academia. Utilização dos
argumentos cépticos pelos cristãos, sua influência na formação das Teologias
negativas.
A filosofia
greco-judaica. Helenismo e judaísmo. Fílon de Alexandria.
O
neoplatonismo. Origens. Amónio Sacas: problemas sobre a sua personalidade e a
sua obra. Os discípulos de Amónio: Plotino.
Fim da
Filosofia grega. Assimilação dos valores clássicos pelo Cristianismo.
Encerramento das escolas filosóficas.
O
pensamento de Fílon de Alexandria
Método e
objecto da doutrina filoniana. Acordo da fé e razão. Método filoniano de
interpretação alegórica. Fontes pagãs e fontes judaicas do método. Sentido
espiritual e moral do método. Obras de Filon. Ideias de Filon sobre a lei
judaica e o Império Romano.
Deus e o
mundo: problema dos intermediários. Teoria filoniana da Criação. Oposição entre
Deus e o mundo: os intermediários. Sentido e interpretação dos intermediários.
O culto
espiritual. A inspiração e o êxtase. Teoria da imortalidade.
In
Mário Santiago Carvalho, Um Inédito de Miguel Baptista Pereira sobre Filosofia
Medieval, Revista Filosófica de Coimbra, nº 39, FLUC, Coimbra, 2011.
Cortesia
de FLUC/JDACT