Cortesia
de wikipedia e jdact
Com a devida vénia à Junta de Freguesia de Galveias
«A
Freguesia de Galveias é uma importante povoação do concelho de Ponte de Sor e
encontra-se situada na encosta de uma colina fértil, na margem esquerda do rio
Sor, distando cerca de 12km da sede de concelho. Galveias tem uma
extensa história, desde a sua fundação até a actualidade, chegando a ser um
concelho independente. A história atribui a sua fundação a frei Lourenço
Afonso, mestre da Ordem de Avis, em 1342.
A 1 de Janeiro de 1512, a povoação beneficiou do
foral de Avis, dado em Santarém por Manuel I. Contudo, em 1538, João III
elevou-a à categoria de vila. Em termos eclesiásticos, esta freguesia,
foi um priorado da Ordem de Avis, daí resultar a sua riqueza a nível de
património religioso. Em termos económicos, a agricultura ocupa o lugar
de destaque como a actividade dominante, da população de Galveias. Repare-se,
na importância das tradições e lendas que se confere às laranjas e ao galo que
ainda hoje, estão associadas a Galveias, a ponto de se encontrarem no seu
próprio brasão.
É também importante referir o azeite e o vinho
Marques Ratão, produzidos e comercializados pela Junta de Freguesia de
Galveias, que homenageiam esta família que tanto deu a esta freguesia. Em
termos culturais, ganha destaque nesta freguesia a Banda de Música da Sociedade
Filarmónica Galveense. Figuras importantes na história desta freguesia
foram os condes das Galveias. Foi primeiro conde deste título Dinis Melo Castro,
em 1691. Houve dez nobres deste título em Galveias, o último do qual morreu em
1940.
Orago/padroeiro: São Lourenço
Heráldica: Ordenação
Heráldica do Brasão e Bandeira. Publicada no Diário da República, III
Série de 30/07/1993.
Brasão: Escudo de azul, um sobreiro de sua cor, arrancado,
descortiçado e frutado de prata, acompanhado em chefe de um galo cantante de
ouro, e à dextra e à sinistra de uma laranja folhada de sua cor. Coroa mural de
prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro: GALVEIAS.
Bandeira: Esquartelada de azul e amarelo, cordões e borlas
de ouro e azul. Haste e lança de ouro.
Lendas:
Menina
do Laranjal
Em certas regiões, havia o costume de preparar um
galo para cantar na missa de natal, sendo escolhido um dos melhores e gozava de
um tratamento especial. Na Vila Nova do Laranjal, também existia essa tradição
e dava-se o galo a guardar ao melhor homem da terra.
Certo ano apresentaram-se ao Meirinho
(magistrado), dois homens vaidosos, disputando esse lugar de honra. O primeiro
disse que era o melhor da terra, o segundo afirmou o mesmo com convicção. O
Meirinho resolveu intervir para evitar conflitos e em voz pausada perguntou, se
podiam apresentar testemunhas das virtudes que apresentavam. Ambos disseram ao
mesmo tempo que era a, Menina do Laranjal.
Surgiram duvidas e o Meirinho mandou chamar a
Menina do Laranjal, uma jovem muito acreditada e uma das mais bonitas da
região. Era órfã e vivia com uma tia, uma velha senhora e quando recebeu a
notícia ficou pasmada, porque não conhecia nenhum dos homens. A jovem perante
esta situação não sabia que fazer e pediu a opinião à tia. Esta disse-lhe que
escolhesse o mais rico, pois a Menina do Laranjal com toda a sua pureza,
disse-lhe que o dinheiro podia comprar muita coisa mas nunca o amor.
Quando chegaram junto do Meirinho os dois homens;
o primeiro pediu logo para falar com a menina e ela acedeu, o segundo
aproximou-se da tia e ficou a falar com esta em voz baixa. O Meirinho perguntou
à menina, qual dos dois era o seu noivo e esta disse-lhe que só o primeiro lhe
tinha falado em amor. O outro reagiu e disse que já tinha falado com a tia e
tinha pedido a Menina do Laranjal em casamento. O Meirinho olhou para ambos e
disse que o primeiro era o mais honesto, a quem entregou o galo.
O homem escolhido e que tinha tomado conta do galo
instalou-se nos aposentos da noiva e preparavam-se para o casamento. O
pretendente vencido não desistia e só pensava na vingança. Na véspera de Natal
o galo desapareceu, o burburinho foi enorme e o Meirinho foi obrigado a tomar
medidas urgentes e mandou prender o responsável pelo galo. O protesto do homem
acusado e da Menina do Laranjal juravam inocência, mas de nada lhes servia. O
povo implacável pedia justiça.
Entretanto, no meio da multidão o outro homem
mostrava ares de satisfação. O Meirinho mandou preparar a forca para que o
castigo servisse de exemplo e o prisioneiro desesperado esperava pela sua última
hora, a morte. A Menina do Laranjal, apaixonadamente tentava acalmá-lo e
tinha esperanças de que um milagre ia acontecer. O homem agradecia com todo
fervor abraçado à noiva. O condenado já perante a forca, lembrou-se que
o galo cada vez que via a menina do Laranjal e a sua tia, normalmente cantava.
Então pediu para que estas subissem ao alto da torre da igreja. De súbito, no
meio de todo aquele silêncio impressionante ouviu-se o galo a cantar por várias
vezes. O homem estava prestes a ser enforcado e gritou emocionado: O galo
vê-as! O galo vê-as!
A Menina do Laranjal e o Homem Bom, encheram-se de
alegria agradecendo o milagre ao Menino Jesus, quanto à senhora sua tia e o
homem rejeitado desapareceram. Perdurando na tradição o nome da terra deixou de
ser, Vila Nova dos Laranjais e passou a chamar-se como ainda hoje, Galveias
(Lendas de Portugal – Gentil Marques)».In Galveias, Junta
de Freguesia de Galveias, Autarquia XXI, Wikipédia.
Um
abraço para o primo José Luís Peixoto [Pulguinha; Inverno; etc; avó Joana (já
falecida)…
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JFGalveias/JDACT