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de wikipedia e jdact
«(…) Dom António nasceu
em Lisboa, em 1531, tendo falecido em Paris, a 26 de Agosto de 1595, tendo sido
enterrado no Convento de S. Francisco da mesma cidade. Era filho natural ou
legitimado do infante Luís e de Violante Gomes, mulher plebeia. Foi
rei de Portugal desde 19 de Junho de 1580, data da sua aclamação em Santarém,
até à derrota de Alcântara, a 25 de Agosto seguinte. Nunca resignou aos
seus direitos e, embora exilado em França a na Inglaterra, manteve luta armada
contra Filipe II, nos Açores (1582‑1583) a em Lisboa (1589). De várias mulheres
teve 10 filhos, sendo os mais conhecidos:
Manuel de Portugal (n. em Lisboa, 1568; f.
em Bruxelas, a 22 de Junho de 1638), acompanhando seu pai no exílio e vivendo
em França, na Inglaterra a na Flandres. Casou em 1597 com Emília de Nassau,
princesa de Orange, dela se separando em 1625 por motivos de ordem religiosa;
Cristóvão de Portugal (n. em Tânger, em Abril de 1573; f. em Paris, a 3 de
Junho de 1638). Viveu também no estrangeiro, sustentando a causa paterna e,
após a morte de António I, manteve vivo o mesmo ideal.
A Legitimidade de Dom António, prior do Crato
Diz Vaz São Payo que não
podemos crer que o cura da Sé chamasse sogro ao pai da manceba do Príncipe,
mesmo que com ele vivesse maritalmente Também refere que este
assento fornece o nome, que não
vimos mencionado em nenhuma outra fonte, do pai de Violante Gomes.
Justiça seja feita, já em 1917 o visconde de Faria, na 3ª edição da Descendance
de D. Antonio, Prieur de Crato nomeava o pai da Bela Pelicana como Pedro
Gomes, não hesitando também em afirmar que D. António era filho do casamento
secreto de Luís, duque de Beja, com Violante Gomes, filha de Pedro Gomes. Não menciona a fonte
em que se baseia. Mas poderá ser a mesma que está guardada no Arquivo de Évora.
Já antes de Alcácer Quibir, e com grande acuidade depois, a questão é
recorrente e nunca mais foi encerrada. A comprová-lo está o tópico recente no
Fórum do Genea Portugal Dom António I, 18.º Rei de
Portugal?!... O tema, que também nos
apaixona, levou a que o reestudássemos. E os resultados são surpreendentes. A
todos passou despercebido o estudo recente de Luis Mello Vaz São Payo, D.
António Prior do Crato e outros cavaleiros da Ordem do Hospital de São João
(1997). Neste trabalho, tão discreto como fundamental, vem reproduzido um
assento da Sé de Évora de 15 de Junho de 1544, descoberto pelo autor, no qual
um baptizando é filho de uma escrava de
Pero Gomes sogro do Infante Dom Luis.
Sustenta Faria que o casamento fora secreto por morganático, mas que a
família real reconhecia António como um
dos seus membros, vistos os cargos e prerrogativas que seus tios João III e que o cardeal Henrique lhe concederam. Quanto
à sua mãe Violante Gomes, não era
judia como com alguma conveniência se disse. Pertenceria à pequena nobreza,
católica, tendo abandonado o mundo, com o consentimento de seu marido, e
professado na Ordem de São Bernardo, morrendo ainda jovem no Mosteiro de
Almoster. Poderá concluir-se assim que António I sucedeu a Sebastião I, por preceder na linha
sucessória ao cardeal. E então fora rei de direito,
entre o fatídico 4 de Agosto de 1578 até à aclamação de seu tio Henrique, a 28 desse mesmo mês. Enredado nos
interesses imperiais dos Áustrias, o cardeal Henrique pressionou o papa a pronunciar-se pela
ilegitimidade do sobrinho. Mas o próprio Gregório XIII veio a revogar aquela
sua declaração». In Manuel Amaral, Portal da História, Arqnet, Portugal,
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