Estátua de António José de Almeida em Lisboa
escultor Leopoldo de Almeida e arquitecto Pardal Monteiro
(1866-1929)
António José de Almeida foi um político português, sexto presidente da República Portuguesa (5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923) e um dos mais populares dirigentes do Partido Republicano, manifestando ideias republicanas desde muito novo. Ainda aluno de Medicina, em Coimbra, publicou no jornal académico Ultimatum um artigo que ficou famoso, intitulado Bragança, o último, que foi considerado insultuoso para o rei D. Carlos. Defendido por Manuel de Arriaga, acabou condenado a três meses de prisão.
Depois de terminar o curso, em 1895, foi para Angola e posteriormente estabeleceu-se em São Tomé e Príncipe, onde exerceu medicina até 1903.
Depois de terminar o curso, em 1895, foi para Angola e posteriormente estabeleceu-se em São Tomé e Príncipe, onde exerceu medicina até 1903.
Em 1906, em plena Câmara dos Deputados, equilibrando-se em cima duma das carteiras, pede aos soldados, chamados a expulsar os deputados republicanos do Parlamento, a proclamação imediata da república. No ano seguinte adere à Maçonaria.
Os seus discursos inflamados fizeram dele um orador muito popular nos comícios republicanos. Foi preso por ocasião da tentativa revolucionária de Janeiro de 1908, dias antes do assassinato do rei D. Carlos e do príncipe Luís Filipe. Posto em liberdade, continuou a sua acção demolidora pela palavra e pela pena, sobretudo enquanto director do jornal Alma Nacional.
Ocupou vários cargos nos Governos de então, sendo ministro de várias «pastas» e deputado. Fundou o partido Evolucionista, partido republicano moderado organizado em torno do A República, opondo-se ao Partido Democrático de Afonso Costa, mas com o qual porém se aliou no governo da União Sagrada, em Março de 1916, ministério de que foi primeiro ministro.
Em 6 de Agosto de 1919 foi eleito presidente da República e exerceu o cargo até 5 de Outubro de 1923, sendo o único presidente que até 1926 ocupou o cargo até ao fim do mandato. Nestas funções foi ao Brasil em visita oficial, para participar no centenário da independência da antiga colónia portuguesa. A sua eloquência e a afabilidade do seu trato fizeram daquela visita um êxito notável.
Durante o seu mandato deu-se o levantamento radical que desembocou na noite sangrenta de 19 de Outubro de 1921, em que foram assassinados, por opositores republicanos, o chefe do governo da altura, António Granjo, assim como Machado Santos e Carlos da Maia. Nomeou 16 governos durante o seu mandato.
O monumento a António José Almeida, em Lisboa, foi inaugurada em 1937. Junto a ele presta-se homenagem aos heróis da revolução, constituíndo este local como ponto de encontro daqueles que lutaram pela liberdade.
Wikipédia/JDACT
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