sábado, 15 de maio de 2010

Coliseu dos Recreios (Lisboa): «Ballet for Life» de Bejart Ballet Lausanne

 Cortesia da Agenda da CMLisboa
O Coliseu dos Receios, apresenta o bailado Ballet for Life. Hoje às 16h e 21h30 e amanhã às 16h.
A companhia de dança Bejart Ballet Lausanne, fundada pelo coreógrafo Maurice Bejart, regressa a Lisboa com um espectáculo sobre a vida e a morte. Ballet for Life assenta numa visão de optimismo e esperança. Descrita pelo autor como um hino à juventude, a obra, cujos figurinos são assinados por Gianni Versace, conta com a fusão da música dos Queen e Mozart.



Cortesia do Coliseu dos Recreios, Lisboa
Um programa rico de emoções contrastantes que evoca a relação profunda de Maurice Béjart com o mar; faz uma emocionante homenagem ao amigo e cineasta Fellini, que ainda se estende a Gianni Versace (amigo pessoal de Béjart que, ainda em vida, criou o guarda-roupa usado no espectáculo). O mar, símbolo de vida, que será dançado como diz a canção de Trenet, ao longo das suas margens claras... A morte, que está presente nos Vier letzte Lieder de Richard Strauss... La Musique souvent me prend comme une mer Regressando ao tema do mar, alargou a sua inspiração a todos os mares. Originário de Marselha, Maurice Béjart foi embalado pela ressaca do mar e pela música que ouvia no seu curso de bailado e na sala de Ópera municipal. A essas raízes mediterrâneas, Béjart foi buscar Thalassa Mare Nostrum (1982). Às evoluções do conjunto do corpo de bailado corresponde uma montagem sonora que se inspira ao mesmo tempo em obras sinfónicas e nas canções mais emblemáticas. Ciao Federico Criado no Teatro de Beaulieu em Lausanne no quadro de uma grande retrospectiva que marca o desaparecimento do Mestre; é uma homenagem emocionante de Maurice Béjart e dos seus bailarinos a Fellini, o seu ídolo. Béjart concebe toda a sua coreografia em «enchaînements e fondus» encadeados, num vaivém constante entre a vida do mestre e as referências à sua obra cinematográfica. A passagem é subtil, encontrando-nos em Amarcord, Roma, La Dolce Vita ou ainda Prova d’Orchestra. Pas de deux, conjuntos ou quartetos, os bailarinos fundem-se na música de Nino Rota.
Coliseu dos Recreios/JDACT