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Para completar os dados referentes à Fortaleza de Monsaraz, mostro os desenhos de Duarte D'Armas elaborados em 1509
IGESPAR e Catarina Oliveira:
«Considerada uma das mais antigas vilas de Portugal, Monsaraz regista indícios de povoamento desde tempos pré-históricos, sendo inicialmente um castro fortificado. A partir de então foi sendo sucessivamente ocupada até ao período de formação da nacionalidade, sendo conquistada pela primeira vez aos Muçulmanos em 1157. Voltando ao domínio dos almôadas depois de D. Afonso Henriques ter sido derrotado em Badajoz, a povoação viria a ser reconquistada por D. Sancho II em 1232, que a doou à Ordem do Templo.
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No entanto, o repovoamento cristão de Monsaraz só ia efectivar-se no reinado de Afonso III, quando o monarca lhe concedeu o primeiro foral, fixando os limites do concelho. Nos anos seguintes foi edificado o núcleo primitivo do castelo, incluindo a torre de menagem, a matriz e o tribunal gótico, cujo interior alberga o fresco de O Bom e o Mau Juiz . Ao longo do século XVI, e com a reforma manuelina do foral, a povoação foi crescendo, instituindo-se localmente uma Irmandade da Misericórdia. Durante as Guerras de Restauração, devido à proximidade de Monsaraz com o Guadiana e a fronteira espanhola, a Coroa mandou edificar uma nova fortaleza em redor da vila, utilizando o sistema franco-holandês, ou de Vauban. O projecto da nova praça de armas foi desenhado pelos engenheiros franceses Nicolau de Langres e Jean Gillot (ESPANCA, 1975), e a edificação foi avançando significativamente, apesar de pontuais faltas de verbas.
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Embora a planta do Forte de São Bento tivesse sido desenhada em forma estrelada, a morfologia do terreno onde se implanta levou a algumas alterações da planimetria. Com três baluartes, parapeito e uma cortina artificial, estendia-se em torno de toda a povoação, integrando no pano de muralhas a Ermida de São Bento.
A partir do século XIX, quando a sede de concelho foi transferida para Reguengos de Monsaraz, a fortificação ficou votada ao abandono, o que originou que alguns dos seus elementos ruíssem. No entanto a estrutura muralhada continua a predominar a paisagem urbanística da vila de Monsaraz». In Catarina Oliveira, GIF/IPPAR/2006.
Cortesia de IGESPAR/JDACT
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