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Com a devida vénia da Agência Reuters.
O comité de cientistas da ONU que avalia a mudança climática, o IPCC, concordou na passada 5ª Feira, dia 14, em mudar as práticas como reacção aos erros apontados no relatório publicado em 2007.
Numa reunião realizada na Coreia do Sul, o comité de 130 países concordou em reforçar a validação dos factos que entram nos relatórios, elaborados para ajudar na condução das políticas climáticas e energéticas do mundo, e estabelecer uma «dinâmica reforçada» para definir reformas mais evidentes.
Numa reunião realizada na Coreia do Sul, o comité de 130 países concordou em reforçar a validação dos factos que entram nos relatórios, elaborados para ajudar na condução das políticas climáticas e energéticas do mundo, e estabelecer uma «dinâmica reforçada» para definir reformas mais evidentes.
«Mudança e aperfeiçoamento são vitais para o IPCC», disse o seu presidente Rajendra Pachauri. É bom recordar que o Painel dividiu o Prémio Nobel da Paz de 2007 com o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore.
Cortesia de cienciaemdiafolha
O IPCC viu-se sob «ataque cerrado» desde que os erros no relatório de 2007 levavam à previsão de que o aquecimento global poderia extinguir os glaciares do Himalaia até 2035, séculos antes do previsto no pior cenário.
O Conselho Inter-Academias, Inter Academy Council (IAC), que reúne especialistas de universidades relacionadas com as ciências de ambiente, pediu reformas fundamentais na forma como o IPCC é gerido, e disse que os líderes do comité deveriam ter um mandato único de 6 anos, sem reeleição. Rajendra Pachauri, que foi reeleito em 2008, disse que o limite valerá, se adoptado, apenas para futuros presidentes. «Tenho toda a intenção de continuar até completar a missão que aceitei», afirmou.
Rajendra Pachauri acrescentou que a alegação central do relatório de 2007, «de que há pelo menos 90% de certeza de que as actividades humanas, principalmente o uso de combustíveis fósseis, são a principal causa do aquecimento global recente», não foi focada nos erros. Também rejeitou a ideia de o IPCC deveria emitir relatórios com intervalos menores. O próximo, após o de 2007, deve sair em 2014. «O conhecimento avança rapidamente, mas não tão rápido a ponto de permitir a produção de relatórios com maior frequência», disse ele.
Cortesia de iisd
O IPCC adoptou novas normas para aperfeiçoar a gestão dos dados, bem como regras para a correcção de erros e para administrar material que não tenha seguido o protocolo científico de revisão pelos pares. A «A «A «dinâmica reforçada» analisará questões como a gestão do secretariado do IPCC, em Genebra. Entre as recomendações do IAC estão a indicação de um secretário executivo e de mais funcionários para cuidar da comunicação. Pachauri disse que o próximo relatório lançará um olhar mais atento para questões como a geo-engenharia, que engloba propostas de manipulação deliberada do ambiente para reduzir o aquecimento global, como o uso de espelhos no espaço para reflectir a luz do Sol.
Os especialistas procuram novas formas de diminuir as causas do aquecimento global, após o fracasso da reunião de Copenhaga.
Deste modo, ficou muito mais difícil para os chamados «cépticos das mudanças ambientais e climáticas» continuarem a negar que elas se têm intensificado em consequência do aumento da temperatura na Terra, com forte contribuição das acções humanas para o processo. O Comité de Revisão dos Procedimentos do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, órgão científico da Convenção do Clima), liderado pelo Inter Academy Council (o IAC, que reúne sociedades académicas de vários países), concluiu que o processo dirigido pelo IPCC precisa de aperfeiçoar os procedimentos. Mas que, no todo, «serviu bem à sociedade».
Cortesia de doambientalismo
«O contrato de muitos destacados cientistas e investigadores no processo e na comunicação sobre a compreensão das mudanças climáticas, os seus impactos e a possível estratégia de adaptação é uma conquista considerável em si mesma», diz o parecer do IAC. Da mesma forma, o compromisso dos governos para o processo e aceitação dos resultados são uma indicação clara do êxito. Através de uma parceria entre cientistas e governos, o IPCC ampliou a consciência do público sobre mudanças ambientais ou climáticas, elevou o nível do debate científico e influenciou a agenda científica de muitas nações».