sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Museu Nacional Soares dos Reis: Exposição TRANSPARÊNCIA-ABEL SALAZAR E O SEU TEMPO, UM OLHAR. O afastamento da vida académica permite-lhe desenvolver uma produção artística variada na temática e na expressão plástica

(1889-1946)
Guimarães
Cortesia do Correio do Porto

Cortesia de aarteemportugal

Um Projecto da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.
Organização: Museu Nacional Soares dos Reis; Casa-Museu Abel Salazar; Reitoria da Universidade do Porto.

Transparência - Abel Salazar e o seu tempo, um olhar
Museu Nacional Soares dos Reis
Até 27 de Novembro de 2010

Com a devida vénia do Correio do Porto.

«Abel Salazar, médico cientista e artista plástico, é um caso singular no panorama cultural português e uma das personalidades mais prestigiadas da I República, que não pode ser avaliado somente numa perspectiva disciplinar. A exposição TRANSPARÊNCIA – ABEL SALAZAR E O SEU TEMPO, UM OLHAR, organizada em torno da sua obra plástica, pretende contribuir para uma melhor compreensão e posicionamento histórico do seu trabalho à luz do pensamento actual.
Abel Salazar não só aprofundou o estudo do corpo biológico, através da microscopia, como estreitou os laços com o corpo social através da arte, utilizando diversas técnicas: o desenho, a pintura, a escultura. Além disso, produziu uma importante obra teórica, em que convergem arte, ciência e filosofia, que organiza todo um corpo de saber. Para pensar a sua obra no presente é importante entender não só a exemplar coerência interna do seu discurso e da sua prática, como também a relação que estabelece com os movimentos artísticos mais relevantes da época, nuns casos de empatia (como é o caso do impressionismo) noutros de oposição e corte ideológico (como é o da «arte pela arte» modernista) mas nunca de completa identificação.

Cortesia de mnsr.imc-ip
 Estarão expostas cerca de duas centenas de obras de arte (pintura e desenho) da autoria de Abel Salazar e de alguns dos artistas mais relevantes do naturalismo, do impressionismo e do modernismo português, como Henrique Pousão, Silva Porto, António Carneiro, Columbano Bordalo Pinheiro, Amadeo de Souza Cardoso, Mário Eloy, Almada Negreiros, Vieira da Silva, Júlio Pomar, etc.
As obras expostas são provenientes das colecções da Casa-Museu Abel Salazar, do Museu Nacional Soares dos Reis, do Museu do Chiado, da Fundação Arpad Szenes/Viera da Silva e de colecções privadas.
O catálogo, além da documentação fotográfica da exposição e uma cronologia do tempo de Abel Salazar, contém estudos da autoria de Manuel Valente Alves, Maria do Carmo Serén e José Luís Porfírio». In Manuel Valente Alves, Comissário da Exposição.


O afastamento da vida académica permite a Abel Salazar desenvolver uma produção artística variada na temática e na expressão plástica: gravura, pintura (paisagens, retratos, ilustração da vida da mulher trabalhadora e da mulher parisiense), pintura mural, aguarelas, desenhos, caricaturas, escultura e cobres martelados (caso único entre os artistas contemporâneos).
Para Amândio Silva, Director artístico da Casa-Museu durante quase 50 anos, Abel Salazar «como pintor foi sempre um intérprete de uma realidade social do seu tempo. As variadas técnicas que sofregamente o vemos experimentar são umas das facetas mais notáveis do seu temperamento de artista e da sua capacidade polivalente».




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Cortesia de circuloarturbual

Cortesia do Correio do Porto/Museu Nacional Soares dos Reis/JDACT