(1600-1681)
Madrid
Cortesia de umaseoutras
Pedro Calderón de la Barca foi um dramatugo e poeta espanhol.
Estuda no Colégio Imperial dos Jesuítas, onde cursa Humanidades e se familiariza com os clássicos. Em 1620 abandona a carreira eclesiástica e «ruma» a Madrid e vive na corte uma vida livre e não isenta de atribulações. Por esta altura começa a apresentar-se em certames poéticos.
No ano de 1625 inicia a sua carreira dramática, transformando-se no dramaturgo oficial da corte e em 1651 é ordenado sacerdote.
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Em 1663 é nomeado capelão de honra do rei e fixa-se novamente na corte, dirigindo a representação de autos sacramentais e outras peças teatrais. Durante os últimos anos da sua vida só compõe autos e comédias para estrear na corte.
Autor de uma obra vasta que marca decisivamente a história do teatro em língua castelhana. Entre as suas peças, autos sacramentais, zarzuelas, entremeses, comédias religiosas, de costumes, de amor e ciúme e filosóficas, salientam-se:
- El dragoncillo;
- El laurel de Apolo;
- El mágico prodigioso;
- La dama duende;
- El alcalde de Zalamea;
- La vida es sueño;
- El gran teatro del mundo.
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Utilizava frequentemente peças menores que reformulava, eliminando cenas inúteis. Diminuía o número de personagens e reduzia a riqueza polimétrica do teatro lopesco. Igualmente, sistematizou a exuberância criativa de seu modelo, e construiu a obra em torno de um protagonista único.
De certa maneira, limpou o teatro lopesco de seus elementos mais líricos, e buscou sempre os mais teatrais. Ángel Valbuena Briones tem verificado que no seu estilo cabe distinguir dois registros:
- Num primeiro grupo, reordena, condensa, e reelabora o que em Lope de Vega aparece de maneira difusa e mais caótica, estilizando seu realismo tradicionalista, e voltando-se mais ao cortesão. Nelas aparece uma rica galeria de personagens representativos de seu tempo e sua condição social, todos os quais têm em comum os três temas do teatro barroco espanhol: o amor, a religião, e a honra;
- Num segundo grupo, o dramaturgo inventa, mais além do repertório cavaleiresco, uma forma poética-simbólica ainda desconhecida, e configura um teatro essencialmente lírico, cujas personagens se elevam acima do simbólico e espiritual.
No panorama dos dramas filosóficos, a obra mestra é La vida es sueño e ainda El médico de su honra, e El alcalde de Zalamea entre os dramas que abordam a honra.
Casa de Pedro Calderón de la Barca
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