quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Afonso de Paiva: «Tornou-se explorador português a convite de D. João II para que fosse recolher informações do Oriente acerca das rotas comerciais e pontos de referência. Mas não chegou a terminar a sua missão, morreu vitimado pela peste»

(c1443-c1490)
Castelo Branco
Cortesia de marcasdascienciasfcul

Afonso Paiva, nascido como João Afonso de Aveiro, tornou-se explorador português a convite de D. João II para que fosse recolher informações do Oriente acerca das rotas comerciais e pontos de referência. Afonso de Paiva, que aprendera a falar árabe com os mercadores de Ceuta, e Pêro da Covilhã, que, entre outras experiências, fizera já duas expedições a Berbéria e já conhecia os costumes e o falar dos árabes.
Afonso de Paiva herdou o cargo de escrivão de sisas na sua comarca natal, e escrivão real da comunidade hebraica, actividade que o colocou em contacto com muita gente do Levante e lhe permitiu aprender o hebreu e o árabe. Participou na batalha de Toro ao lado do rei D. João II que lhe reconheceu os méritos de bom escudeiro. Por nele confiar, escolhe-o para acompanhar Pêro da Covilhã na demanda pelo reino do Preste João e da Índia.

Cortesia de cppfr
Em 7 de Maio de 1487 partiram estes dois novos emissários de Santarém, bem providos de dinheiro e com indicações dadas pelos cosmógrafos da Corte, acerca do itinerário a seguir. Lisboa, Valência, Barcelona, Nápoles e Rodes, foram etapas da primeira parte da viagem. Depois, disfarçados de mercadores, passaram a Alexandria, de onde seguiram para o Cairo, para o Suez e para a Arábia. Depois partiram para Adem, no Iémen, onde chegaram em 1488. Aqui se separaram, indo Pêro da Covilhã para a Índia e Afonso de Paiva para a Etiópia. Planearam encontrar-se novamente no Cairo, no Egipto.

No entanto, Afonso de Paiva não chegou a terminar a sua missão. Morreu vitimado pela peste, sem ter completado a sua missão ou ter feito passar as informações que obtivera.
 
Cortesia de wikipédia/JDACT