(1853-1930)
Goa
Cortesia de claudiaveirohistoria
Com a devida vénia ao Jardim das Letras da SHI de Portugal.
«Poeta parnasiano, poetou sobre a sua Índia natal. Voltou para Portugal aos 18 anos na companhia do poeta Tomás Ribeiro, amigo que o ajudou na sua carreira literária.
Em Lisboa tirou os cursos de Infantaria e Cavalaria da Escola do Exército e estudou ainda literatura, filosofia e história.
«Trecho da planta da cidade d'Évora indicando a muralha romana»
Estampa XII da História do Exército Português
Cristovão Aires
Cortesia da bibliotecanacionaldigital
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Dedicou-se ao jornalismo, entrando em 1876 para a redacção do Jornal do Comércio e da Colónias, o qual dirigiu durante muitos anos, esteve também à frente do Notícias de Lisboa e de A Tarde e foi ainda redactor de outros jornais e revistas.
Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Real de História de Madrid. Político e militar, foi professor na Escola de Guerra. Em 1923 passou à reserva com o posto de General.
Cortesia de guerradarestauracaowordpress
Além de poesia, escreveu contos:
- Lantejoulas, 1890,
- Longínquas,
- Fantasias Orientais, 1891)
Foi sobretudo historiador, dedicando-se principalmente ao estudo da figura de Fernão Mendes Pinto com o livro «Fernão Mendes Pinto e o Japão, Pontos Controversos», 1906.
Publicou:
- «História Orgânica Política do Exército Português» (17 vol. 1896-1932),
- «História da Cavalaria Portuguesa» em 4 volumes,
- «Para a Históriada Academia das Ciências de Lisboa»,
- «Dicionário da Guerra Peninsular» em 4 volumes.
Obra Literária:
- 1879, Indianas e Portuguesas,
- 1882, Novos Horizontes,
- Anoitecer,
- Íntimas,
- Cinzas ao vento.
Cortesia de kleffersonfarias
Nem isso mesmo me responde o Mar!
Meu seio inquieto é um sepulcro enorme;
e muita vida aqui tranquila dorme
um sono que ninguém pode acordar.»
E o Mar, aquele monstro rude e informe,
pronto a tudo ruir, tudo tragar,
vem em estrofes dulcíssimas compor-me
a sua história longa de contar.
Sobre as ondas, há lutas, há destroços,
naufrágios, tempestades e escarcéus!...
O fundo é cripta imensa, cheia de ossos!
E por sobre esta luta tão renhida,
flâmulas, galhardetes e troféus!...
Rude Mar, és o símbolo da Vida!
Muita da sua poesia encontra-se dispersa por jornais nomeadamente na revista Brasil-Portugal». In Jornal das Letras.
Cortesia da Sociedade Histórica da Independência de Portugal/JDACT