domingo, 6 de março de 2011

Cyrano de Bergerac: »Escritor satírico que, postumamente, se tornou personagem de muitas lendas românticas. Defendia ideias consideradas ousadas, tais como a de que a matéria se compunha de átomos e que os animais eram dotados de inteligência»

(1619-1655)
Paris
Cortesia de georgehartpence

Hector Savinien de Cyrano de Bergerac foi um escritor e duelista que se tornou mais conhecido pelos muitos trabalhos de ficção que têm sido «trabalhados» sobre a sua vida. Nessas histórias, ele é sempre retratado com um grande nariz, em especial na peça feita por Edmond Rostand.

Estudou e viveu em Paris, enquanto não estava em campanha militar. Ele não era um gascão. Somente em 1638 adiciona «de Bergerac» ao seu nome. Contemporâneo de Boileau e Molière, poeta e livre-pensador, assinava as obras com pseudónimos criativos escolhidos aleatoriamente. Foi um escritor de sucesso na época, e a sua primeira obra foi «Le pedant Joué (O pedante enganado)», que foi escrita para ridicularizar Jean Grangier, seu professor de retórica.

Cortesia de devoirdephilosophie
Em 1641 deixou o exército, e escreveu as suas obras mais importantes:
  • a peça A Morte de Agripina
  • Histoire comique des Estats et empires de la Lune (História Cómica dos Estados e Impérios da Lua) (1657),
  • Histoire comique des Estats et empires du Soleil (História Cómica dos Estados e Impérios do Sol), entre 1642 e 1655.
Os livros foram publicados em 1657 e 1662, respectivamente, e descrevem jornadas ao sol e à lua. Os métodos do voo especial que Cyrano descreve são inventivos, e reflectem o seu materialismo filosófico.

Questionou os intelectuais de sua época, criando polémicas relacionadas com a religião e crenças tradicionais. A «A Morte de Agripina» foi considerada blasfémia pela Igreja.

Cortesia de larousse
Cyrano foi um livre-pensador e um aluno de Pierre Gassendi.
O pensamento racionalista apresentado por Cyrano foi algo raro na época, pois o iluminismo começou um século após a sua morte. Defendia ideias consideradas ousadas, tais como a de que a matéria se compunha de átomos e que os animais eram dotados de inteligência.





Cortesia de Enciclopédia Britânica/wikipédia/JDACT