sábado, 19 de março de 2011

A Fortaleza de Campo Maior: «Erguida no alto do outeiro de Santa Vitória para defesa da raia alentejana, do alto de suas torres divisam-se as vizinhas Badajoz e Elvas. Só seria incorporada definitivamente aos domínios de D. Dinis em virtude do Tratado de Alcanises, 1297»


Cortresia de campomaior

Erguida no alto do outeiro de Santa Vitória para defesa da raia alentejana, do alto de suas torres divisam-se as vizinhas Badajoz e Elvas. Actualmente o monumento integra a Praça-forte de Campo Maior, depois da de Elvas, a mais importante fortificação do distrito de Portalegre.
A vila foi conquistada por forças portuguesas entre 1295 e 1296. Só seria, entretanto, incorporada definitivamente aos domínios de D. Dinis em virtude do Tratado de Alcanises, 1297. Para incrementar o seu povoamento e assegurar-lhe a defesa, o soberano concedeu-lhe Carta de Foral e determinou a reconstrução do seu castelo, 1310.


Diante do crescimento da povoação e da sua importância estratégica sobre a raia alentejana, D. João II ampliou-lhe as defesas, fazendo erguer uma nova cerca envolvente que inscrevia toda a vila dentro das muralhas. Esses trabalhos prosseguiam sob o reinado de D. Manuel I, quando foi figurada por Duarte de Armas no seu Livro das Fortalezas (c. 1509).


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Nos séculos XVII e XVIII, diante da modernização dos meios ofensivos, a defesa da vila foi remodelada com a introdução de linhas abaluartadas e construção de novas instalações militares, transformando a povoação medieval em uma Praça-forte.
O conjunto medieval foi severamente danificado em 1732. Por volta das 3 horas da madrugada, durante uma violenta tempestade, registrou-se a queda de um raio sobre a torre do castelo e posterior explosão e incêndio.
No século XX o castelo foi classificado como Monumento Nacional. Foram iniciadas obras de consolidação e restauro, caracterizadas por trabalhos de reconstrução. Uma segunda etapa de obras foi iniciada na segunda metade da década de 1960, estendendo-se até ao início da década de 1970, marcada por intervenções nas muralhas do castelo e na Capela de Nossa Senhora dos Aflitos. Uma terceira etapa teve lugar na década de 1980. No início de 2010 registou-se o desmoronamento parcial do monumento devido a condições de forte instabilidade atmosférica e chuva persistente.


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«Mandado edificar por D. Dinis, em 1310, este castelo fronteiriço da raia alentejana foi profundamente alterado em meados do século XVII, aquando das guerras da independência, segundo traças e direcção do engenheiro militar Nicolau de Langres. Da época medieval subsistem apenas alguns panos de muralha e parte da torre norte, com os seus matacães. Da cintura, fortificada na campanha seiscentista, restam, ainda, baluartes, portas e revelins. Em 1732, uma violenta trovoada causou a ruína de uma das torres que servia de paiol. A explosão que então deflagrou e o incêndio que se seguiu afectaram grande parte da vila e consumiu mesmo mais de metade das habitações em redor do castelo. D. João V ordenou a sua reconstrução, a cargo do engenheiro militar Manuel de Azevedo Fortes, transformando as antigas ruínas medievais numa fortaleza mais pequena, mas de maior operacionalidade». In PAF, IGESPAR. 

Cortesia de IGESPAR/wikipédia/JDACT