segunda-feira, 14 de março de 2011

Karl Marx: «Marx era, antes de tudo, um revolucionário. A verdadeira missão na vida era contribuir, de um modo ou de outro, para o derrube da sociedade capitalista e das instituições estatais por esta suscitadas. Contribuir para a libertação do proletariado moderno. Como consequência... Marx foi o homem mais odiado e mais caluniado do seu tempo


(1818-1883)
Tréveris, Alemanha
Cortesia de historiaebiblia

Karl Heinrich Marx, um intelectual e revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que actuou como economista, filósofo, historiador, político e jornalista.
O pensamento de Marx influencia várias áreas, desde a Filosofia e a História, passando pelo Direito, Sociologia, Literatura, Pedagogia, Ciência Política, Antropologia, e terminando de entre outras áreas a Biologia, Psicologia, Teologia e Comunicação. No ano de 2005 a BBC considerou-o como o maior filósofo de todos os tempos.


Economista, filósofo e socialista alemão, Karl Marx estudou na Universidade de Berlim, principalmente a filosofia hegeliana, e formou-se com a tese Sobre as diferenças da filosofia da natureza de Demócrito e de Epicuro. Em 1842 assumiu a chefia da redacção do Jornal Renano e os seus artigos radical-democratas irritaram as autoridades. Viaja para Paris, editando o 1º volume dos Anais Germânico-Franceses, órgão principal dos hegelianos da esquerda.
Em 1844, conhece Friedrich Engels, o começo de uma amizade íntima durante toda a vida. Posteriormente, é expulso de França e fixa residência em Bruxelas. Participa em organizações clandestinas de operários e exilados. Ao mesmo tempo em que na França «rebenta» a revolução, em 24 de Fevereiro de 1848, Marx e Engels publicam o folheto «O Manifesto Comunista», primeiro esboço da teoria revolucionária que, mais tarde, seria chamada marxista.
Cortesia de sill
Depois da derrota de todos os movimentos revolucionários na Europa, Marx foi para Paris e daí expulso, para Londres, onde fixou residência definitiva. Nesta cidade dedicou-se a vastos estudos económicos e históricos, sendo frequentador assíduo da sala de leituras do British Museum. Escrevia artigos para jornais norte-americanos, sobre política externa, mas a sua situação financeira esteve sempre muito precária. Foi generosamente ajudado por Engels, que vivia em Manchester e com boas condições financeiras.
Em 1864, Marx foi co-fundador da Associação Internacional dos Operários, depois chamada I Internacional.
Em 1867 publica o primeiro volume da sua obra principal, «O Capital».
N interior da I Internacional encontrou a oposição tenaz dos anarquistas, liderados por Bakunin, e em 1872, no Congresso de Haia, a associação foi praticamente dissolvida. Em compensação, Marx veio a patrocinar a fundação, em 1875, do Partido Social-Democrático alemão, que pouco depois foi proibido. Não viveu o suficiente para assistir às vitórias eleitorais deste partido e de outros agrupamentos socialistas da Europa.
Marx e Engels escreveram juntos em 1845 «A Sagrada Família» e a «A Ideologia alemã (1845-46)», que por motivo de censura não pôde ser publicada (edição completa só em 1932). É a exposição da filosofia marxista.
Marx escreveu «A Miséria da Filosofia (1847)», a versão polémica contra o anarquista francês Proudhon. A última obra comum de Marx e Engels foi em 1847 «O Manifesto Comunista», breve resumo do materialismo histórico e apelo à revolução.

Cortesia de nosrevista 
Em 1867 publicou Marx o 1º volume de sua obra mais importante:
  • O Capital. É um livro principalmente económico, resultado dos estudos no British Museum, tratando da teoria do valor, da mais-valia, da acumulação do capital etc.
Marx reuniu documentação imensa para continuar esse volume, mas não chegou a publicá-lo. Os volumes II e III de O Capital foram editados por Engels, em 1885 e em 1894. Outros textos foram publicados por Karl Kautsky como volume IV (1904-10).

«Marx era, antes de tudo, um revolucionário. A sua verdadeira missão na vida era contribuir, de um modo ou de outro, para o derrube da sociedade capitalista e das instituições estatais por esta suscitadas, contribuir para a libertação do proletariado moderno, que ele foi o primeiro a tornar consciente de sua posição e de suas necessidades, consciente das condições de sua emancipação. A luta era o seu elemento. E ele lutou com uma tenacidade e um sucesso com quem poucos puderam rivalizar. (…) Como consequência, Marx foi o homem mais odiado e mais caluniado do seu tempo. Governos, tanto absolutistas como republicanos, deportaram-no dos seus territórios». In Friedrich Engels.

Cortesia de Stanford Encyclopedia of Philosophy/JDACT