quarta-feira, 9 de maio de 2012

BNP. Horas de Nossa Senhora...Rezar em Português. «A reimpressão (em edição fac-similada) que hoje se apresenta fica-se a dever à amabilidade e ao apoio da Fundação Luso‑Americana (FLAD) que não só disponibilizou o acesso ao livro e à sua digitalização, como tornou possível que a Biblioteca Nacional de Portugal o publicasse»


Cortesia de bnp

Lisboa: BNP, 2009. 2 vol. (Fac-similados).
  • Vol. 1.: Fac-símile do exemplar da Biblioteca do Congresso, em Washington,Rare Book Division, Rosenwald, 451. 240 p.; 
  • Vol. 2.: Estudo de João José Alves Dias. Rezar em português: introdução ao livro de Horas de Nossa S[e]n[h]ora segundo costume Romaa[n]o… Paris, Narcisse Brun, 13 de Fevereiro de 1500 [i. é 1501]. 187 p.
Apresentar uma edição fac-similada de um Livro de Horas” cujo original não é nem um manuscrito iluminado nem em latim pode parecer estranho. Na verdade trata-se de um livro impresso, mas com uma particularidade singular. É composto em português, impresso em Paris, em 1500/1501, e o único exemplar conhecido encontra‑se na Biblioteca do Congresso, em Washington.
É tão raro como um manuscrito.

Trata-se das Horas de nossa Senhora segundo costume Romaano . com as horas do spirito sancto . e da cruz e dos finados . e sete psalmos . e oraçam de sam lyom papa e oraçam da empardeada . e com outras muytas e deuotas orações”. A sua singularidade e raridade deve-se, por um lado, à sua natureza – que motivava um uso e manejo quotidiano o que lhe provocava fragilidade – e, por outro, ao seu conteúdo – dado incluir os conjuros chamadosOração de São Leão Papa [p. 200‑221] e Oração da Emparedada [p. 222-239], a Oração de Nosso Senhor Jesus Cristo (Juste judex) [p. 177‑179], antífona e oração de São Cristóvão” [p. 192-194] e «indulgências fingidas» [p. 173] dos Papas João XXII e Inocêncio III, todos proibidos pela Inquisição (maldita) do século XVI.

Cortesia de bnp

A reimpressão (em edição fac-similada) que hoje se apresenta fica-se a dever à amabilidade e ao apoio da Fundação Luso‑Americana (FLAD) que não só disponibilizou o acesso ao livro e à sua digitalização, como tornou possível que a Biblioteca Nacional de Portugal o publicasse.
À Biblioteca do Congresso, em Washington (USA), à Fundação Luso‑Americana (Lisboa) e à Biblioteca Nacional de Portugal agradeço todo o carinho que dedicaram a esta edição». In João José Alves Dias, Biblioteca Nacional de Portugal.

Cortesia de BN de Portugal/JDACT