«Não
quero estar só!
Vem
comigo ver o túnel das estrelas.
Vem
ver como sorri o amanhã.
Vê
como dançam as flores
e
como bailam
as
belas borboletas de mil cores!
Olha
o sonho encantado,
o
coelho que salta do chapéu,
e
o arco-íris que com o seu manto
me
transporta desta terra ao céu!»
(…)
A Voz
«Quando
estou só, no silêncio amargo,
na
solidão que me pesa enfim,
ouço
uma voz que sempre me fala,
toca-me
a mão e segreda assim:
… porque estás triste, se eu estou aqui,
minha menina, como tu és louca!
Fixa aquele ponto, estou pensado em ti,
para te amar é esta vida pouca!
E
ao mesmo tempo que a voz se apaga,
sobe
uma onda de estranha magia,
eu
fico leve como urn ser etéreo,
que
em si possui o dom da harmonia.
A voz
sumiu deste lugar vazio,
e
eu olho em frente e já não te vejo
só
o meu corpo fica unido ao teu,
pela
saudade de um antigo beijo.
Depois,
memórias passadas
de
uma lembrança meio indefinida
traz-me
contigo imagens adiadas,
de
qualquer coisa há muito vivida.
E
a tua voz, no silêncio amargo,
rompe
de novo minha solidão,
conta-me
histórias de que não me lembro
e
me transportam noutra dimensão.
E
este tu que eu não entendo,
e
esta voz sempre a segredar
chamam-me
a um lado novo da vida
aonde
agora, eu já posso entrar»
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