terça-feira, 11 de novembro de 2014

I Guerra Mundial. Armistício. Após 4 anos, 3 meses e 9 dias de combates. «À 11ª hora do 11º dia do 11º mês daquele ano de 1918 entra em vigor um armistício entre os Aliados e as Potências Centrais. Assinado seis horas antes na carruagem ferroviária francesa, estacionada na floresta de Compiègne, a cerca de 80 km de Paris, assinala o termo oficial da I Guerra Mundial»

Cortesia de wikipedia

Com a devida vénia a “Estórias da História”

«Em 11 de Novembro de 1918: I Grande Guerra, é assinado o armistício. O cessar fogo entra em vigor à 11ª hora do 11º dia do 11º mês.
Às 11 horas da manhã de 11 de Novembro de 1918, entrou em vigor o armistício que pôs fim à I Guerra Mundial, conhecida à época como a Grande Guerra. Quatro anos de trincheiras, de lama, de horror, de gás, nos dois campos de batalha. Quatro anos que desembocaram na fadiga, no fastio. O armistício não era percebido como o fim apenas daquela guerra, mas como o fim definitivo das guerras. Depois dela, não haveria mais nenhuma. Eis que a Alemanha se rende incondicionalmente ainda que não tenha sido vencida militarmente. E o Tratado de Versalhes viria a  impor-lhe modalidades de paz excessivamente duras para fazer com que rancores e desejos de vingança fincassem raízes. No final do Outono de 1918, a aliança das potências da Europa Central desmoronava diante das Forças Aliadas, melhor supridas e coordenadas. Com as suas tropas no campo de batalha próximas da exaustão, o apoio logístico encontrando enormes dificuldades, a agitação social, rendição dos aliados mais fracos, Império Austro-húngaro, Bulgária, Império Otomano, a Alemanha viu-se forçada a buscar um armistício com os Aliados nos primeiros dias de Novembro de 1918. Em 7 de Novembro, o chanceler alemão, Max von Baden, enviou delegados a Compiegne, França, a fim de negociar o acordo, finalmente firmado na manhã do dia 11. O marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças aliadas na frente ocidental despachou um telegrama a todos os seus comandantes: As hostilidades cessarão em todas as frentes em 11 de Novembro, às 11 horas, horário francês. Apesar disso, os comandantes ordenaram que a batalha prosseguisse durante toda a manhã daquele dia, provocando futuras acusações de que soldados foram mortos desnecessariamente nas últimas horas da guerra. A Grande Guerra ceifou a vida de cerca de 9 milhões de soldados; 21 milhões ficaram feridos. As baixas civis ascenderam a perto de 10 milhões. As duas nações mais afectadas foram a França e a Alemanha, cada qual tendo enviado para os campos de batalha cerca de 80% das suas populações masculinas entre os 15 e 49 anos. Na Conferência de Paz de Paris em 1919, os lideres aliados afirmariam o seu desejo de construir um mundo pós-guerra em condições de salvaguardá-los de futuros conflitos de escala tão devastadora. O Tratado de Versalhes assinado em 28 de Junho de 1919 não iria alcançar esse propósito. Os alemães são julgados os únicos responsáveis pelo conflito. Versalhes impõe-lhes pesadas reparações de guerra, proibições, anexação de uma parte do seu território, além de ter negada sua adesão à Liga das Nações. Os germânicos caracterizam-no como um tratado infame, um insulto impossível de aceitar. A paz e a jovem República de Weimar, criada após a abdicação de Guilherme II, repousavam em frágeis alicerces. A Alemanha continuou a queixar-se que assinara o armistício sob falso pretexto, tendo acreditado que qualquer paz seria uma paz sem vitória nem vitoriosos como havia sido adiantado pelo presidente norte-americano Woodrow Wilson no seu famoso discurso dos 14 pontos de Janeiro de 1918.
Com o passar dos anos, dominada pelo ódio aos termos do tratado e aos seus autores, mergulhada em ressentimento mal disfarçado e desejo de vingança, a Alemanha culpou o Tratado de Versalhes como uma das grandes causas da Segunda Guerra Mundial». In Estórias da História, Carla Brito, Fontes. Ópera Mundi.

Cortesia de Estórias da História e Wikipédia 
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