«Ao que vos parecer verso chamai verso,
e ao resto chamai prosa». In Irene Lisboa
«O
poema germina quando beijamos a palavra certa. Mas nem sempre a poesia chega ao
papel, florescendo às vezes na praça pública, sem grande respeito pelas
literaturas».
«Para
quem sabe ouvir, o silêncio é um som como outro qualquer. Para quem não sabe, o
silêncio é a coisa mais triste que pode acontecer a uma pessoa».
«Poesia:
o sonoro silêncio das palavras».
«…
E a chuva cai, severa e dura. É a chuva a cair, sem literatura».
«Esparramado
numa cadeira de lona, na chamada varanda da tia Julieta, Heliodoro escuta o
pulsar dos astros. A varanda dá generosamente para o mar e a tia Julieta morreu
há muitos anos».
«Chuvada
caindo de um céu sem nuvens, a poesia acontece quando menos se espera,
desafiando as regras da meteorologia».
In
Jaime S. Sampaio, O Mar não Precisa de Poetas, Hugin Editores, Lisboa, 1998,
ISBN 972-831-058-7.
Cortesia
de Hugin/JDACT