O
clima está sempre em mudança
«(…) A elevação do
nível do mar desde o auge da última glaciação registou um aumento de 120 m, no
período entre 18.000 e 6.000 anos atrás, o que dá uma taxa de elevação da ordem
de 1 metro por século, muito maior que os cerca de 0,2 m registados desde 1870.
Mesmo dentro do Holoceno, as temperaturas e os níveis do mar já foram mais
elevados que os actuais. Há cerca de 5000-6000 anos, os oceanos encontravam-se a
cerca de 3-4 m acima dos níveis actuais. No período Medieval, entre os séculos
X e XII, as temperaturas eram até 2ºC superiores às actuais (facto que tem causado
tantos constrangimentos aos cientistas que se aferram aos cenários catastróficos
que eles têm recorrido a fraudes abertas para ocultá-lo). Diante desses
números, acarretados por fenómenos sobre os quais, evidentemente, a Humanidade
não teve qualquer influência, constata-se que todas as variações observadas
desde meados do século XIX, causa de todo o alarido sobre a suposta influência
humana no clima, encontram-se com muita folga dentro das faixas de variações
naturais da dinâmica climática. Cabe, então, a pergunta: onde estão as
evidências concretas da acção humana no clima em escala global? A resposta objectiva
é: não existe sequer uma única. Nas palavras do conceituado climatologista francês
Marcel Leroux: a hipótese na qual se
baseia o aquecimento global, particularmente no tocante aos gases de efeito
estufa, nunca foi demonstrada de facto: por conseguinte, não existe qualquer prova
tangível e inquestionável de que o cenário do IPCC esteja realmente acontecendo.
O
dióxido de carbono não é um vilão ambiental
O papel de vilão ambiental atribuído ao dióxido de
carbono (CO2) pelos alarmistas climáticos não resiste ao exame das
evidências. Para começar, como sabe qualquer estudante de Ciências, o CO2
atmosférico pode ser considerado o gás
da vida, já que dele depende toda a fotossíntese das plantas, que formam
a base das cadeias alimentares da biosfera. Por isso, concentrações de CO2
superiores às actuais seriam altamente benéficas para a vegetação e,
consequentemente, o restante da biosfera, Humanidade inclusive. Existem
literalmente dezenas de milhares de experiências de laboratório demonstrando
que quase todas as espécies vegetais existentes, inclusive as cultivadas pelo
homem, se beneficiariam com mais CO2 na atmosfera. Como afirma uma
das maiores autoridades mundiais na área, o Sherwood Idso, presidente do Centro
para o Estudo do Dióxido de Carbono e Mudanças Globais (EUA): a literatura sobre a ciência das plantas
está replecta de resenhas e análises sobre o assunto e, há bem meio século,
milhares de viveiros comerciais já enriqueciam o ar das estufas com CO2
extra para aumentar a sua produção, como fazem até hoje.
Além disso, o
Quaternário é um dos períodos de menores concentrações de CO2 registadas
na história geológica da Terra, ao longo da maior parte da qual têm prevalecido
níveis 5-15 vezes mais altos que os actuais. Apenas em outra época, a transição
Carbonífero-Permiano, há cerca de 300 milhões de anos, houve tão pouco
CO2 na atmosfera como no Quaternário.
De facto, durante a última glaciação, entre 110.000 e 12.000 anos atrás, as concentrações atmosféricas de CO2 atingiram níveis tão baixos que chegaram próximos aos níveis mínimos de sobrevivência de grande parte da biota vegetal. Outra premissa errónea é a de que o aumento das concentrações de CO2 acarretaria uma elevação das temperaturas, que o IPCC e o lobby aquecimentista apresentam como se fosse uma relação matematicamente determinada. No mundo real, as coisas são diferentes. Como se vê na imagem, em grande parte da história geológica da Terra, as curvas que representam as temperaturas e as concentrações de CO2 não mostram uma boa correlacção entre si e, quando o fazem, como tem ocorrido no Quaternário, as temperaturas têm mudado antes do CO2, e não o oposto, como sugere a teoria aquecimentista. Quando a atmosfera e os oceanos se aquecem, estes liberam CO2 (a solubilidade do gás na água do mar é inversamente proporcional às temperaturas), o que estimula o crescimento da vegetação terrestre; a vegetação absorve o CO2 e incorpora o carbono em raízes e troncos maiores e mais carbono é sequestrado nos solos. O intervalo deve-se ao prazo necessário para a liberação do CO2 dissolvido nos oceanos. Possivelmente, ninguém exprimiu melhor o absurdo da pretensão de regulamentar o CO2 do que o jornalista Marc Morano, director-executivo do sítio Climate Depot. Numa entrevista ao jornal Pittsburgh Tribune-Review (15/08/2009), ele fulminou: nós inalamos oxigénio e exalamos CO2; se puder regulamentar e declarar que o que exalamos das nossas bocas é um poluente tóxico, você conseguirá um nível de controle que George Orwell sequer imaginou em seu livro 1984». In Geraldo Luís Lino, Comunicação, 2009, Alguns factos básicos sobre mudanças climáticas, autor do livro A fraude do aquecimento global: como um fenómeno natural foi convertido numa falsa emergência mundial, Capaz Dei, 2009, Oikos, Volume 9, Rio de Janeiro, 2010, ISSN 1808-0235.
Cortesia de
Oikos/JDACT