«A questão da identidade sexual
está sendo extensamente discutida na teoria social. As velhas identidades que
por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio e não conseguem
mais segurar as relações. Com isso surgem novas identidades, novas atitudes,
pensamentos e comportamentos fragmentando o individuo moderno até aqui visto
como um sujeito unificado e imutável. Hoje em pleno século XXI onde a sociedade
aceita complacentemente as uniões homossexuais, onde o bissexualismo é visto
como um comportamento inteligente faz com que essa chamada crise de identidade
seja vista como parte de um processo mais amplo de mudanças comportamentais que
está deslocando as estruturas e processos mais arcaicos das sociedades modernas
em prol de uma nova visão e nova modelagem a essa nova estrutura geracional no
actual mundo social. Instituições como o actual e arcaico casamento
tradicional, estão em crise e em acelerado processo de extinção. Aqueles que sustentam
que as identidades modernas estão sendo fragmentadas argumentam que o que
acontece à concepção do sujeito moderno não foi simplesmente a sua desagregação
ou ruptura, mas o seu deslocamento para se adaptar ao modernismo de intenções. Alguns
contestam esse comportamento, mas a verdade, é que temos que nos adaptar para não
andarmos na contra mão do progresso social.
Faz parte da essência universal
do homem alojada em cada ser humano por mais impacto que tenha sobre alguns
ramos do pensamento iluminista a busca pelo melhor viver. Reconhecendo as tendências
globais que mostram o colapso de identidades culturais arcaicas, a fragmentação
de códigos culturais e multiplicidade de estilos, nos sentimos levados a uma
urgente adaptação para podermos viver o momento feliz. Modificarmos o
comportamento, a percepção na lida com os sentimentos e visão de mundo para
melhor nos sintonizarmos com nosso parceiro(a). Estamos em eternas mudanças ao
longo dos tempos. Somos metamorfoses ambulantes eternas, e precisamos deixar de
lado velhas opiniões, conceitos e estilos e nos adaptarmos às mudanças
geracionais que estão acontecendo para que não nos tornemos pessoas embutidas,
obtusas e retrógadas. Sermos protagonistas de nossas vidas. Acreditar que, o trágico
não é morrer, afinal a morte tem boa memória e nunca se esquece de ninguém. O
trágico é desistir de viver. Para se estar satisfeita activa e sentir-se jovem
e feliz é preciso namorar a vida. O mundo gira e gira para a frente.
As relações plurais surgem no
casal como uma alternativa à monotonia da vida conjugal. Ou seja, o casal sente
necessidade de algo estimulante, quer sair da mesmice, sente que seu casamento
precisa de uma reciclagem. A primeira coisa a fazer é conversar a respeito dessa
alternativa liberal. Deve ser uma decisão unânime. Os dois têm que concordar
100% em participar dessa descoberta. Ambos precisam perceber que esse é o
momento de transgredirem certos conceitos e transpor alguns obstáculos. Se querem
se transformar num casal liberal em relação ao sexo, confiam totalmente um no
outro e têm vontade de experimentar coisas novas, frequentar um clube de casais
pode ser uma boa opção para começar. Mas, devem ter em mente que, se o casal já
tem complicações dentro do casamento, o relacionamento liberal não é uma muleta
para resolver estes problemas.
Pelo contrário, apenas vai
acelerar um conflito. Um estilo de vida mais liberal deve ser experimentado por
pessoas bem centradas, que se amam, se aceitam e se respeitam, que têm a mesma
sintonia de prazeres, o mesmo sincronismo de intenções e a mesma semelhança de
valores. O swing, mais conhecido como troca de casais ou o ménage a trois também
conhecido como sexo a três, é um jeito diferente de encarar o sexo e, para
muitas pessoas, é um novo estilo de vida. Para muitos casais, ter outros
parceiros(as) actualmente é mais comum do que se imagina e essa atitude deve
ser realizada com muita discrição, respeito e, acima de tudo, cumplicidade.
Segundo os praticantes, esse tipo de relação liberal é uma forma excitante de alterar
a monogamia e acabar com a monotonia do casal. Muitas mulheres contam que sua
relação pessoal ficou mais quente e íntima e, que com esta experiência,
tornaram-se mais cúmplices dos maridos. Muitos também afirmam que o
relacionamento se fortalece, já que a confiança e a cumplicidade entre eles têm
que estar bem solidificadas. Os casais que praticam relações plurais acreditam
que o que fazem nada mais é, que o desejo que a maioria reprime e que acaba se
convertendo em relações extraconjugais. O swing ou o ménage admite qualquer
coisa, menos traição. Os casais que experimentam essa prática o fazem de comum
acordo, com um grande respeito mútuo e muito diálogo. Coisa que, muitas vezes, não
vê num casal dito normal. As relações liberais, são uma alternativa ainda mais saudável
para a mulher que acompanhada do marido ou namorado, experimenta novas sensações
e fica livre de toda e qualquer dúvida em relação à sua fidelidade. Portanto,
sem dúvida nenhuma das relações liberais, desde que o casal esteja em perfeita
sintonia de intenções, é a melhor opção para a quebra de rotina e para
apimentar a relação». In Allan Pool, Ménage, Um Estilo de Vida, 2015,
Wikipedia.
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