Aquele Continente Encantado nos Céus, Terra de Eterno Mistério! Gostaria de ver aquela terra além do Pólo (Norte). Aquela área além do Pólo é o Centro do Grande Desconhecido! In Richard Byrd
A Descoberta do almirante Byrd
«(…) Repetindo, Byrd não podia
ter qualquer parte da superfície conhecida da Terra em mente quando falou do Grande Desconhecido, mas antes
uma nova e até então desconhecida área de terras, livre de gelo e neve, com
vegetação, florestas e vida animal, que não existe em qualquer lugar da
superfície da Terra, mas dentro da depressão polar, onde recebe o calor do
interior oco da Terra, que tem uma temperatura mais alta do que a superfície,
com a qual se comunica. Somente baseados nesta concepção podemos compreender as
afirmações do almirante Byrd. Em Janeiro de 1956, o almirante Byrd dirigiu
outra expedição à Antártica e lá penetrou por 3.690 quilómetros, além do Pólo
Sul. A comunicação pelo rádio, desta vez (13 de Janeiro de 1956), disse:
Em 13 de Janeiro, membros da expedição dos Estados Unidos penetraram por uma extensão de terra de 3.690 quilómetros, além do Pólo. O vôo foi feito pelo Contra-Almirante George Dufek, da Unidade Aérea da Marinha dos Estados Unidos.
A palavra além é muito significativa e será desorientadora para aqueles que acreditam na velha concepção de uma Terra sólida. Significaria a região do outro lado do continente Antártico e o oceano além, e não podia ser um vasto território novo (não existente em qualquer mapa), e nem poderia a sua expedição, que achou este território, ser a mais importante expedição na história do mundo. A geografia da Antártica é razoavelmente bem conhecida e o almirante Byrd não teria adicionado qualquer coisa significante ao nosso conhecimento do continente Antártico. Se este fosse o caso, então porque teria ele feito tal declaração, aparentemente arrebatada e sem base, especialmente considerando o seu alto conceito, como contra-almirante da Marinha dos EUA e a sua reputação como grande explorador?
Este enigma fica solucionado
quando compreendemos a nova teoria geográfica de uma Terra Oca, que é a única
maneira pela qual podemos achar sentido nas declarações do almirante Byrd e não
considerá-lo um visionário, que viu miragens nas regiões polares, ou pelo menos
imaginou que as viu.
Depois de regressar da sua
expedição antártica, em 13 de Março de 1956, Byrd comentou: A actual expedição descobriu uma vasta Terra
nova. A palavra Terra
é muito significante. Não podia ter-se referido a qualquer parte do continente
Antártico, pois ele não consiste de terra, sendo todo de gelo, e além disto, a sua
geografia é razoavelmente bem conhecida e Byrd não fez qualquer contribuição de
valor para a geografia da Antártica, como outros exploradores o fizeram, deixando
os seus nomes como lembranças na geografia desta área. Se Byrd tivesse descoberto
uma vasta área nova na Antártica, ele a reivindicaria para os Estados Unidos e
ela seria chamada pelo seu nome, do mesmo modo que no caso do seu vôo de 2.730
quilômetros além do Pólo Norte ter sido feito sobre a superfície da Terra,
entre o Pólo e a Sibéria. Entretanto, não achamos tais conquistas a crédito do
grande explorador, nem deixou ele o seu nome na geografia do Ártico e da
Antártica, no modo pelo qual aquela declaração, acerca da descoberta de uma
vasta terra nova justificaria. Se a sua expedição antártica tivesse descoberto
uma nova e imensa região de gelo no continente gelado da Antártica, não seria
apropriado o uso da palavra terra,
que significa uma região sem gelo, semelhante àquelas sobre as quais Byrd voou
por 2.730 quilómetros, além do Pólo Norte, que tenha vegetação verde, florestas
e vida animal. Nós devemos, entretanto, concluir que essa expedição de 1956 por
2.300 milhas além Pólo Sul foi sobre território também sem gelo, não registado
em qualquer mapa, e não sobre qualquer parte do continente Antártico.
No ano seguinte, em 1957, antes da sua morte, Byrd chamou esta terra além do Pólo Sul (não gelo, do outro lado do Pólo Sul) aquele continente encantado no céu, Terra de mistério eterno. Não poderia ter usado esta afirmação se se referisse à parte do continente gelado da Antártica, que fica do outro lado do Pólo Sul. As palavras mistério eterno, obviamente, se referiam a alguma outra coisa. Referiam-se aos territórios mais quentes, não mostrados em qualquer mapa, que ficam dentro da Abertura do Pólo Sul e levam ao interior oco da Terra. A expressão aquele encantado continente no céu refere-se, obviamente, a uma área de terra e não de gelo, reflectida no céu, que age como um espelho, um estranho fenómeno observado por muitos exploradores polares, que falam de ilha no céu ou água no céu, dependendo de que o céu polar esteja reflectindo terra ou água. Se Byrd tivesse visto os reflexos de água ou gelo, não usaria as palavras continente nem o chamaria de um encantado continente. Era encantado porque, de acordo com as concepções geográficas aceitas, este continente que Byrd viu reflectido no céu (onde os glóbulos de água agem como um espelho para as superfícies por baixo) não podia existir». In Raymond Bernard, A Terra Oca, 2008, Editorial Minerva, 2008, ISBN 978-972-591-725-1.
Cortesia de EMinerva/JDACT
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