Aquele Continente Encantado nos Céus, Terra de Eterno Mistério! Gostaria de ver aquela terra além do Pólo (Norte). Aquela área além do Pólo é o Centro do Grande Desconhecido! In Richard Byrd
«As
duas declarações acima, feitas pelo maior explorador dos tempos modernos, contra-almirante
Richard E. Byrd, da Marinha dos Estados Unidos, não pode ser compreendida ou
fazer qualquer sentido de acordo com as velhas teorias geográficas, de que a
Terra é uma esfera sólida, com um centro ígneo, e na qual ambos os Pólos, Norte
e Sul, são pontos fixos. Se tal fosse verdade, e se o almirante Byrd voou por
2.730 e 3.690 quilómetros, respectivamente, através dos Pólos Norte e Sul, para
as terras geladas e cercadas de neve do outro lado, cuja geografia é
razoavelmente bem conhecida, seria incompreensível que ele fizesse tal declaração
referindo-se a este território no outro lado dos Pólos, como o grande desconhecido.
Igualmente, não teria ele razão para usar a expressão Terra de Eterno Mistério. Byrd
não era um poeta, e o que descreveu foi o que observou do seu avião. Durante o
seu voo ártico, de 2.730 quilómetros, além do Pólo Norte, ele informou pelo
rádio que viu em baixo não gelo e neve, mas áreas de terra, constituídas de
montanhas, florestas, vegetação, lagos e rios e, na vegetação rasteira, um
estranho animal, parecido com o mamute encontrado congelado no gelo do Ártico.
Evidentemente, tinha entrado numa região mais quente do que os territórios
cercados de gelo que se estendem do Pólo até a Sibéria. Se Byrd tivesse esta
região em mente não teria razão de chamá-la o Grande Desconhecido, uma vez que
poderia alcançá-la voando através do Pólo, para o outro lado da região ártica.
A única maneira pela qual podemos
compreender as enigmáticas declarações de Byrd é descartando a concepção
tradicional da formação da Terra e considerando uma outra, inteiramente nova,
de acordo com a qual as suas extremidades ártica e antártica não são convexas e
sim côncavas, e que Byrd penetrou nas concavidades polares quando foi além dos
Pólos. Por outras palavras, ele não viajou através dos Pólos, para o outro
lado, e sim entrou nas concavidades polares ou depressões, que, como veremos,
se abrem para o interior oco da Terra, onde há plantas, animais e vida humana,
desfrutando de um clima tropical. Este é o Grande Desconhecido ao qual Byrd se referia quando fez a sua
declaração, e não a área circundada de gelo e neve, no outro lado do Pólo Norte,
estendendo-se até às extremidades superiores da Sibéria. A nova teoria
geográfica, apresentada neste livro, pela primeira vez, torna as declarações
enigmáticas e estranhas de Byrd compreensíveis e mostra que o grande explorador
não era um sonhador, como pode parecer aos que se prendem às velhas teorias
geográficas. Byrd tinha entrado num território completamente novo, que era desconhecido porque não constava de
qualquer mapa, porque todos os mapas são feitos na crença de que a Terra é
esférica e sólida. Uma vez que aproximadamente todas as terras desta esfera sólida
foram exploradas e registadas pelos exploradores polares, não poderia haver
lugar em tais mapas para o território que o almirante Byrd descobriu, e que
chamou de o Grande Desconhecido,
desconhecido por não constar de qualquer mapa. Era uma área de terras tão
grande quanto a América do Norte!
Este mistério somente pode ser
solucionado se aceitarmos a concepção básica da formação da terra apresentada
neste livro e apoiada pelas observações dos exploradores árticos, que serão
citados. De acordo com esta nova concepção revolucionária, a Terra não é uma
esfera sólida, mas é oca, com aberturas nos Pólos, e o almirante Byrd penetrou
por estas aberturas, por uma distância de cerca de 6.420 quilómetros, durante as
suas expedições de 1947 e 1956, ao Ártico e à Antártica. O Grande Desconhecido,
ao qual Byrd se referiu, era esta área de terra sem gelo, dentro das
concavidades polares, abrindo-se para o interior oco da Terra. Se esta
concepção é correcta, como tentaremos provar, então ambos os Pólos Norte e Sul
não podem existir, pois ficariam no ar, no centro das aberturas polares, e não estariam
na superfície da Terra. Este ponto de vista foi apresentado, pela primeira vez,
por um escritor americano, William Reed, no seu livro Phantom of the Poles, publicado
em 1906, logo depois de o Almirante Peary ter reivindicado a descoberta do Pólo
Norte, e negando que o tivesse realmente feito. Em 1920, noutro livro foi publicado
por Marshall Gardner, chamado A Journey to the Earth's Interior ou Have the
Poles Really Been Discovered?, fazendo a mesma afirmativa. Estranhamente, não
tinha conhecimento do livro de Reed e chegou às suas conclusões independentemente.
Reed e Gardner asseveraram que a Terra é oca, com aberturas nos pólos e que no
seu interior vive uma população muito grande, de milhões de habitantes, em
adiantado estado de civilização. Este é provavelmente o Grande Desconhecido ao qual o almirante Byrd se referiu». In Raymond
Bernard, A Terra Oca, 2008, Editorial Minerva, 2008, ISBN 978-972-591-725-1.
Cortesia de EMinerva/JDACT
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