Lenda relatada originalmente por frei Bernardo Brito
História
«(…)
Hoje a Universidade de Coimbra, que compreende sete Faculdades, Letras,
Direito, Medicina, Ciências e Tecnologia, Farmácia, Economia e Psicologia e de
Ciências da Educação, e em breve contará com a oitava (a Faculdade de Educação
Física e Ciências do Desporto), ultrapassou o espaço tradicional da Velha
Alta, estendendo-se a novos pólos de desenvolvimento. Funciona com base nos
seus próprios estatutos elaborados e aprovados pela Assembleia da Universidade
(eleita e representativa dos estudantes, dos docentes e dos funcionários) e
pretende, sobretudo, ser um pólo de constante modernização.
Mas
este caminhar para o futuro não a faz esquecer as suas seculares tradições. A praxe
académica adaptada às condições de vida moderna, as festas dos estudantes,
nomeadamente a queima das Fitas (que simboliza o fim do ano escolar e, para
muitos, o fim do curso), o fado, canção que se foi adaptando às novas
realidades culturais e até políticas e sociais, os Doutoramentos solenes com o
seu ritualismo próprio, as Repúblicas (residências autogeridas por
estudantes) e a existência de uma Associação Académica forte, fazem da
Universidade de Coimbra uma instituição muito peculiar e de características
inigualáveis.
Pátio da Universidade
Colégio de S. Pedro
Situa-se imediatamente à esquerda da Porta Férrea e tem a sua fachada principal virada para o grande terreiro. O exterior do edifício, de linhas muito sóbrias bem próprias do maneirismo regional, apresenta o carácter que lhe conferiu recentes obras de restauro, levadas a cabo pelos Monumentos Nacionais, que estenderam o seu corpo no último terço, do lado do gradeamento.
Como
principal elemento de carácter decorativo destaca-se o portal de aparato
barroco, executado em 1713. O Colégio de S. Pedro ocupou os
aposentos dos infantes do paço manuelino, por iniciativa dos governantes em
tempo do rei Sebastião,
albergando os candidatos às magistraturas superiores das Faculdades. Foi
extinto em 1834 e, dois anos mais tarde, as suas instalações foram
definitivamente integradas na Universidade. A partir de 1855, parte da
construção foi reservada para residência da Família Real, quando esta ou algum dos seus membros estanciava em
Coimbra, e também para residência dos reitores». In Leo Duarte, Lenda do Brasão de Coimbra, Pedro
Dias, Coimbra, Arte e História,
I.H.A., Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico,
Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume IV, 1988, Editora João
Romano Torres, 1904-1915.
Cortesia
de EJRomanoTorres/UdeCoimbra/JDACT
JDACT,
Frei Bernardo Brito, Leo Duarte, Coimbra, Cultura e Conhecimento,