O Que é o Priorado de Sião?
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Isso ficou patente num
documento que nos foi enviado pelo Priorado incluindo a obra de Patricia
Villiers-Stuart, estudante da geometria sagrada e autora de um panfleto
intitulado The secret of the Templars (O segredo dos Templários). Esse documento
continha uma interpretação da geometria usada em Et in Arcadia ego, de Nicolas
Poussin (também chamada Os pastores da Arcádia, 1637-38), que combina os
desenhos do famoso astrólogo isabelino, alquimista e sábio, doutor John Dee
(1527-1608). É bom que algumas pessoas compreendam esses
segredos arcanos, essa ciência oculta, e a maioria não. Sempre foi assim, mas já
estamos num estágio embrionário em que essas questões estão se tornando cada
vez mais uma realidade corriqueira. Porque supõe que todas as pessoas
remotamente ligadas ao Priorado estejam preparadas para enfrentar a zombaria pública,
arriscar-se ao ridículo, a ser desmascaradas e até mais do que isso? Tudo pelo
esforço de plantar a semente; a semente de uma videira
resistente que é enxertada e ressurge de tempos em tempos. Ela só floresce
quando a humanidade encontra-se num estado de desespero espiritual e
consciente. Desespero e necessidade são parceiros eternos, não são? O desespero
da humanidade é o solo fértil, negro, saturado e corrupto no qual a videira da
espiritualidade e da esperança pode criar raízes. Necessidade é o elemento
essencial para essa sobrevivência híbrida, sua garantia de renovação.
Essa
resposta contém uma significativa alusão alquímica. A palavra alquimia deriva
do árabe al-Kimia, proveniente do nome original do Egipto antigo, referência ao
fértil solo negro do país. Entretanto, há uma outra alusão aqui à linhagem de
Jesus, representada como a videira que brota do solo negro. No evangelho de João,
é famosa a passagem em que Jesus se caracteriza como a videira verdadeira (João
15:1). Rapidamente percebi que devíamos aprender a ler os comunicados de Nic em
mais de um nível, pois sempre havia um significado oculto a ser encontrado nas
suas respostas. A declaração acima também contém uma observação social de que
os acontecimentos históricos de grande magnitude destrutiva, tais como as
guerras, criam um vazio espiritual no qual surgem cultos e novos movimentos
religiosos em reacção à perda da fé nas religiões estabelecidas. Isso é visto
pelo Priorado como uma oportunidade de se infiltrar e influenciar a cultura
para produzir mudanças positivas na sociedade. O processo começa com os
iniciados da ordem visando pessoas influentes específicas. Historicamente,
muitos iniciados tornaram-se parte de casas reais que ofereceram seu apoio em
troca do uso do conhecimento dos iniciados. Os rosa-cruzes, por exemplo, eram
conhecidos por praticar uma forma avançada de cura e por terem curado a rainha
Elizabeth de varíola e o conde de Norfolk de lepra. A outra causa que o
Priorado estava disseminando era a alquimia, um processo de transformação que
potencialmente afectaria todos os níveis do ser. A técnica de alterar e elevar
a cultura por essa filtragem arcana, alquimicamente, remonta a muito antes do
Egipto antigo. Podem-se com facilidade distinguir seus traços nas parábolas,
nos milagres de Cristo e no estilo do ministério de seus discípulos». In Robert
Howells, Por Dentro do Priorado de Sião, 2005, Editora Planeta, 2011-2012, ISBN
978-857-665-812-2.
Cortesia de EPlaneta/JDACT
JDACT, Robert Howells, Religião, Conhecimento, Esoterismo,