quarta-feira, 29 de maio de 2013

A Sagração da Primavera. Igor Stravinsky. Olga Roriz. «A linguagem de Stravinsky centra-se principalmente no ritmo, totalmente destacado em sua estética, o núcleo essencial de sua obra. Ela também é caracterizada pela carência de foco e pelo declínio da narrativa, como já se prenunciava na literatura e na pintura»



Cortesia de wikipedia

Faz hoje 100 anos que A Sagração da Primavera se estreou em Paris. Com ela abriu um teatro e começou uma nova Europa. Depois dela nada seria igual e é uma das obras mais revisitadas. In Público,  Lucinda Canelas, Tiago Costa e Vera Moutinho. 


«A Sagração da Primavera, do compositor erudito russo Igor Stravinsky, subverte a estética musical do século XX, dando origem ao Modernismo. A célebre composição musical deste irreverente artista do século passado é hoje considerada um símbolo da musicalidade erudita, mas na época causou polémica ao embalar o ballet em dois actos criado pelo não menos rebelde Vaslav Nijinsky, coreógrafo também originário da Rússia. Este espectáculo narra a trajectória de uma garota marcada para ser entregue como oblação à divindade primaveril, no auge de um ritual pagão, com o objectivo de conquistar para o seu povo uma colheita proveitosa. O cenário foi arquitectado pelo artista plástico e arqueologista Nicholas Roerich, e a estreia se deu em pleno Théâtre des Champs-Élysées, na capital francesa, no dia 29 de Maio de 1913.
Esta obra revolucionou praticamente todas as principais características da música de então, ou seja, o arcabouço do ritmo, a estrutura orquestral, o timbre, a forma, os aspectos harmónicos, a maneira como se utilizavam as dissonâncias, e o valor conferido à percussão, a qual sobrelevava a própria melodia.

http://www.publico.pt/v11050



 

A linguagem de Stravinsky centra-se principalmente no ritmo, totalmente destacado em sua estética, o núcleo essencial de sua obra. Ela também é caracterizada pela carência de foco e pelo declínio da narrativa, como já se prenunciava na literatura e na pintura. Da mesma forma que nestas esferas da criação, observa-se na Sagração da Primavera a renúncia ao universo da lógica e da objectividade, um reflexo do mundo moderno». In Terra, a Sagração da Primavera.

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