Fado
da Despedida
«Coimbra
tem mais encanto
na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
na hora da despedida.
Que as lágrimas do meu pranto
são a luz que me dá vida.
Quem me dera estar contente
enganar minha dor
mas a saudade não mente
se é verdadeiro o amor.
Não me tentes enganar
com a tua formosura
que para além do luar
há sempre uma noite escura.
Que as lágrimas do meu pranto
são a luz que lhe dá vida.
Coimbra tem mais encanto
na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
na hora da despedida».
na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
na hora da despedida.
Que as lágrimas do meu pranto
são a luz que me dá vida.
Quem me dera estar contente
enganar minha dor
mas a saudade não mente
se é verdadeiro o amor.
Não me tentes enganar
com a tua formosura
que para além do luar
há sempre uma noite escura.
Que as lágrimas do meu pranto
são a luz que lhe dá vida.
Coimbra tem mais encanto
na hora da despedida.
Coimbra tem mais encanto
na hora da despedida».
Poema de Fernando Machado Soares
Com os Mortos
«Os
que amei, onde estão? Idos, dispersos,
arrastados no giro dos tufões,
levados, como em sonho, entre visões,
na fuga, no ruir dos universos...
E eu mesmo, com os pés também imersos
na corrente e à mercê dos turbilhões,
só vejo espuma lívida, em cachões,
e entre ela, aqui e ali, vultos submersos...
Mas se paro um momento, se consigo
fechar os olhos, sinto-os a meu lado
de novo, esses que amei vivem comigo,
vejo-os, ouço-os e ouvem-me também,
juntos no antigo amor, no amor sagrado,
na comunhão ideal do eterno Bem.
Soneto de Antero de Quental, in ‘Sonetos’
arrastados no giro dos tufões,
levados, como em sonho, entre visões,
na fuga, no ruir dos universos...
E eu mesmo, com os pés também imersos
na corrente e à mercê dos turbilhões,
só vejo espuma lívida, em cachões,
e entre ela, aqui e ali, vultos submersos...
Mas se paro um momento, se consigo
fechar os olhos, sinto-os a meu lado
de novo, esses que amei vivem comigo,
vejo-os, ouço-os e ouvem-me também,
juntos no antigo amor, no amor sagrado,
na comunhão ideal do eterno Bem.
Soneto de Antero de Quental, in ‘Sonetos’
A
saudade mora cá… Que estejas na Paz!
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