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Distâncias
A unidade básica de medida linear
romana era o pé (pes), dividido em 12 polegadas (unciae), aproximadamente
igual às unidades utilizadas hoje. Para distâncias maiores, usavam a milha (milliarum),
uma distância de cinco mil pes, pouco mais de nove décimos de uma milha moderna
ou cerca de um quilmetro e meio. Uma unidade intermediária de´origem grega era
o stadium (plural stadiae, derivado do grego stadion, uma
pista de corrida), cerca de 600 pes, portanto pouco mais de um oitavo de milha
ou um quinto de quilómetro.
Datas
Os romanos datavam os anos ab
urbe condita, a partir da fundação da cidade em 753 a.C., porém usavam mais
comumente o ano consular, que recebia o nome dos dois cônsules no posto em dada
época. Como os cônsules mudavam anualmente e, em tese, dois homens não podiam
ocupar o cargo duas vezes, a data consular representava um único ano. Em geral
era necessário explicitar os nomes completos devido ao predomínio, no período
da República, de homens de uma quantidade limitada de gentes como os Cipiões,
assim podia não bastar dizer no consulado de Cipião e Metelo, devendo-se
mencionar os nomes completos.
Gens
A gens (plural gentes) era
a família de um patrício romano. Uma pessoa podia ser de um ramo estabelecido
de uma gens, assim, por exemplo, Cipião Africano era do ramo Cipião da gens dos
Cornélios, e Sexto Júlio César, do ramo dos Césares da gens dos Júlios. As
gentes podem ser comparadas às famílias aristocratas da Europa dos últimos
séculos, embora para os romanos o comportamento da gens romana fosse ainda mais
formalizado e restritivo, regendo, por exemplo, o casamento bem como os
direitos e privilégios. A maioria dos protagonistas da República romana vinha
de um número limitado de gentes; assim, nomes como Júlio César e Brutus, que
têm enorme ressonância histórica no período da Guerra Civil, brotavam
frequentemente em gerações anteriores, muitas vezes com distinção e fama idênticas.
Nomes
Os
romanos podiam ser conhecidos entre os amigos por seu praenomen
(prenome), exactamente como fazemos hoje, embora também pudessem ser tratados
pelos seus outros nomes, no caso de Cipião, o seu cognomen (terceiro
sobrenome), um uso comum entre aristocratas. O cognomen era o ramo da família
(gens), revelado no segundo sobrenome; assim, o Cipião deste romance, Públio
Cornélio Cipião, era do ramo dos Cipiões da gens dos Cornélios. Os Cipiões
Cornélios não eram a gens na qual haviam nascido, uma vez que ele tinha sido
adoptado quando criança pelo filho do famoso Cipião, o Velho, Públio Cornélio Cipião
Africano; porém, segundo o costume, o Cipião mais jovem também mantinha o nome da
gens de seu pai verdadeiro, Lúcio Emílio Paulo Macedónico. Assim como Emílio
Paulo havia sido agraciado com o agnomen Macedónico por seu triunfo
sobre os macedónios em Pidna em 168 a.C., o nome completo de Cipião, o Jovem em
146 a.C., Públio Cornélio Cipião Emiliano Africano, incluía o agnomen Africano,
herdado do avô adoptivo depois de este ter sido recompensado na Batalha de Zama
em 202 a.C. O fardo da expectativa desse nome sobre os ombros de Cipião na sua
juventude e os seus esforços para conquistá-lo por mérito próprio formam um
tema subjacente neste romance». In David Gibbins, Destruição de Cartago,
Editora Record, 2013, ISBN 978-850-110-121-1.
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