Cortesia
de wikipedia e jdact
A
Átis
«Não
minto: eu me queria morta.
Deixava-me,
desfeita em lágrimas:
mas,
ah, que triste a nossa sina!
Eu
vou contra a vontade, juro,
Safo.
Seja feliz, disse,
E
lembre-se de quanto a quero.
Ou
já esqueceu? Pois vou lembrar-lhe
Os
nossos momentos de amor.
Quantas
grinaldas, no seu colo,
Rosas,
violetas, açafrão
Trançamos
juntas! Multiflores
Colares
atei para o tenro
Pescoço
de Átis; os perfumes
Nos
cabelos, os óleos raros
Da
sua pele em minha pele!
[...]
Cama
macia, o amor nascia
De
sua beleza, e eu matava
A
sua sede [...]
Cai
a lua, caem as pléiades e
É
meia-noite, o tempo passa e
Eu
só, aqui deitada, desejante.
Adolescência,
adolescência,
Você
se vai, aonde vai?
Não
volto mais para você,
Para
você volto mais não».
Poemas de Safo, in Marcelo Barbão
(Ciberfil)
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