O Número de Ouro é um número irracional, misterioso e enigmático, que surge numa série de elementos da natureza na forma de uma razão. A letra F (Phi grego maiúsculo) é a inicial do nome do escultor e arquitecto Fídias , encarregado da construção do Parténon, em Atenas. Talvez, por isso, a escolha desta letra para representar o Número de Ouro.
Se desenharmos um rectângulo cujos lados tenham uma razão entre si igual ao Número de Ouro, este pode ser dividido num quadrado e noutro rectângulo em que este tem, também, a razão entre os dois lados igual ao Número de Ouro. Tal processo pode ser repetido indefinidamente, mantendo-se a razão constante.
A história do Número de Ouro perde-se na penumbra da antiguidade. As pirâmides de Gizé, no Egipto, foram construídas com base na razão áurea. A razão entre a altura de uma face e metade do lado da base é igual ao Número de Ouro. O famoso Papiro de Rhind refere-se a uma «razão sagrada» que se acredita ser o Número de Ouro. Esta razão ou secção áurea surge em muitas estátuas da antiguidade.
O papiro de Rhind está escrito em hierático, da direita para a esquerda, tem 32cm de largura por 513cm de comprimento. Data de cerca de 1650 a.C., embora se diga que o texto foi copiado de um manuscrito cerca de 200 anos antes.
Conhecido também por papiro de Ahmes, nome do escriba egípcio que o copiou, tem o nome do escocês Alexander Henry Rhind, que o comprou cerca de 1850 em Luxor, no Egipto. Actualmente encontra-se no Museu Britânico.
JDACT/AA