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quinta-feira, 29 de março de 2012

Nuvem de poeira do deserto, atinge Portugal até Segunda-feira. «As minúsculas partículas de pó vindas do Norte de África, a acção do vento em regiões áridas pode fazer com que as partículas mais finas sejam transportadas a longas distâncias, viajando mais de cinco mil quilómetros, invadiram o território nacional na passada sexta-feira»

Cortesia de publico

Com a devida vénia a Andrea Freitas e ao Público

Nuvem de poeira do deserto, atinge Portugal até segunda-feira (2 de Maio de 2012) «O fenómeno, frequente na Primavera e Verão, pode afectar as pessoas mais sensíveis como idosos, crianças e com problemas cardio-respiratórios. Amanhã espera-se uma nova vaga de "chuva suja".Se nos últimos dias sente a garganta seca e os olhos a lacrimejar, a culpa pode ser das poeiras vindas do Norte de África que pairam sobre o nosso território. Não é a primeira vez nem será a última que Portugal recebe este pó do deserto soprado pelos ventos. Porém, desta vez, o fenómeno estende-se além dos normais dois ou três dias para um período de mais de uma semana. Por outro lado, as medições dos especialistas estão também a registar níveis elevados destas partículas à superfície, mais perto de nós, o que, apesar de não ser inédito, é considerado invulgar. Sem razão para alarme, os idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios devem, porém, proteger-se, avisam as autoridades de saúde.
As minúsculas partículas de pó vindas do Norte de África, a acção do vento em regiões áridas pode fazer com que as partículas mais finas sejam transportadas a longas distâncias, viajando mais de cinco mil quilómetros, invadiram o território nacional na passada sexta-feira. No dia seguinte à chegada da nuvem, a chuva apanhou o pó no ar e acabou por manchar carros estacionados nas ruas, tornando o fenómeno mais visível. Esta "chuva suja" - ou "chuva vermelha", como lhe chamam os especialistas, deverá repetir-se amanhã ou sábado, se as previsões do Instituto de Meteorologia estiverem correctas.


Francisco Ferreira, coordenador da área do ar do departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL), nota que o "fenómeno meteorológico de baixa pressão localizado sobre a Argélia já se dissipou e as partículas em suspensão que influenciam o território nacional são residuais, por permanecerem na atmosfera em circulação". Assim, acrescenta, "a intensidade deste fenómeno natural já está a decrescer e, segundo os dados mais recentes, a sua influência pode fazer-se sentir em Portugal Continental e arquipélago da Madeira até segunda-feira".
Ontem, os níveis de poluição por partículas em suspensão observados mantinham-se ainda no nível médio. Francisco Ferreira confirma que este fenómeno é frequente, mas sublinha que, "normalmente, dura dois ou três dias" e que, desta vez, está a prolongar-se um pouco mais. "A persistência dessas concentrações elevadas pode afectar as pessoas mais sensíveis", refere, considerando que se justificava um aviso à população.


Natural e menos nociva Apesar de notar que esta poluição atmosférica de fonte natural não é tão nociva como a que resulta da actividade humana, como, por exemplo, a provocada pelo tráfego automóvel, Francisco Ferreira recomenda alguns cuidados às pessoas mais sensíveis. O especialista lembra ainda que os índices de qualidade do ar podem ser consultados no site da Agência Portuguesa do Ambiente (um trabalho no qual participa numa parceria com a Universidade de Aveiro). "Todos os dias é possível consultar ali a qualidade do ar, cidade a cidade", nota. O Governo já garantiu que a Agência do Ambiente está a acompanhar a evolução do nível de poeiras no ar e ontem mesmo a Direcção-Geral da Saúde lançou no seu site um alerta com várias recomendações à população.

Imagem de satétite das 16h00 UTC, de 29Mar2012
Poeiras na região Sul
Cortesia do im

De acordo com a legislação comunitária, só pode haver 35 dias por ano com valores acima do limite máximo (50 microgramas por metro cúbico) para as partículas em suspensão PM10 (partículas inaláveis com diâmetro inferior a 10 milésimos de milímetro). Este ano, desde sexta-feira, os valores ultrapassaram esse limite máximo durante vários dias, rondando actualmente os 60 e 70 microgramas por metro cúbico, numa média diária. O "excesso" foi mais notado no fim-de-semana, quando outras fontes de poluição são menores e as estações de medição continuaram a registar valores elevados.
A nuvem desceu à terra "Não é normal a um sábado e a um domingo, em que há muito menos tráfego rodoviário, existir uma ultrapassagem do valor limite diário de partículas em estações de monitorização de norte a sul", confirma Francisco Ferreira. Ainda assim, a situação actual está muito longe do episódio registado em 2009, que afectou a qualidade do ar durante 141 dias.
Maria João Costa, especialista na área de meteorologia e clima do Centro de Geofísica de Évora, não trabalha com modelos de previsão mas com equipamentos capazes de medir os níveis de concentração destas partículas em altitude e à superfície. Segundo explicou ao PÚBLICO, desta vez, "o mais fora do normal é que estes níveis elevados que normalmente são detectados a quatro ou cinco quilómetros de altitude desceram até à superfície". Logo, as poeiras estão mais perto de nós e serão mais facilmente inaladas pelo sistema respiratório.
De resto, a especialista nota que as imagens de satélite registam "uma grande tempestade que envolve o transporte destas poeiras", mas que se dirige agora para o Atlântico Oeste, fazendo com que Portugal seja apenas "ligeiramente afectado".


O que fazer? Se juntarmos as poeiras do Norte de África ao tempo seco e à Primavera com os pólenes à solta, temos o cenário ideal para um aumento de problemas respiratórios (sobretudo asma) e alergias na população portuguesa.
Porém, Paulo Diegues, chefe da Divisão de Saúde Ambiental da Direcção-Geral da Saúde (DGS), refere que "não há qualquer razão para alarme". "As pessoas devem fazer a sua vida normal e as mais vulneráveis [crianças, idosos e as pessoas com problemas respiratórios] devem simplesmente evitar situações como fazer esforços físicos intensos ao ar livre", diz
». In Andrea Cunha Freitas, Público.

Imagem de satélite, em arquivo, com poeiras a oeste da costa ocidental africana

Cortesia de Público/JDACT

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Buraco do Ozone. Um pouco melhor. 16 de Setembro de 1987, Protocolo de Montreal: «Na Antártida, as coisas estão melhorando gradualmente. A United Nations Environment Programme (UNEP ) desenvolveu um canal dedicado no YouTube para historiar o Tratado de Montreal e as acções que são implementadas por ocasião do Dia Internacional»


Cortesia de youtube e unep

«Sabe-se que na atmosfera, a maior ocorrência de ozone natural se dá entre 30 e 50 km de altitude. No final do século XX foram constatadas formações e ampliações de buracos na camada de ozone, principalmente sobre o Pólo Sul. Acredita-se que grande parte do aumento do buraco da camada de ozone ocorre devido ao uso desenfreado de produtos à base de clorofluorcarbonos (CFCs) e hidrocarbonetos alifáticos halogenados (halons), que libertam gases destruidores do Ozone.
Devido às baixas temperaturas, o ozone tende a dissolver-se nas regiões polares, mais na Antártica do que no Ártico, seguindo o ciclo das estações.
O buraco de ozone é uma questão muito séria e os dados científicos mostram que a proibição de CFC encontrou rapidamente uma resposta política em todos os Estados do mundo. A United Nations Environment Programme (UNEP ) desenvolveu um canal dedicado no YouTube para historiar o Tratado de Montreal e as acções que são implementadas por ocasião do Dia Internacional, que este ano tem como tema «A oportunidade única de anular os HCFCs», gases que ocuparam o lugar dos CFCs e que a partir de 01 de Janeiro de 2015, também se prevê que seja anulada a sua produção. Os HCFC ainda estão a causar alguma polémica, como num recente estudo elaborado pela Suíça e Itália onde acusam de não se dizer a verdade sobre o óleo hidrogenado.



Cortesia de youtube e unep

Na Antártida, as coisas estão melhorando gradualmente. Em comparação com o tamanho máximo atingido em 24 de setembro de 2006 (29,6 milhões de km2), o buraco de ozone diminuiu para 22,6 milhões em 25 de Setembro do ano passado. Espera-se que os dados em 2011, que será conhecido entre a última semana de Setembro e o dia 01 de Outubro, vai levar a uma melhoria significativa. Em relação à quantidade de ozone presente, o mínimo foi atingido em 08 de Outubro de 2006 com 84 unidades Dobson (a unidade de medida da camada de ozone). No Árcticon no início de 2011, houve uma perda de ozone, inesperada, com um decréscimo de 40% entre o início do Inverno passado e o final de Março para confirmar que, apesar da proibição de CFCs, a vida longa desses gases afecta e afectará muito mais a camada de ozone. O “paciente”, está um pouco melhor, mas dizer que ele está fora de perigo e com capacidade de voltar para casa, talvez seja melhor esperar». In Wikipedia, WMO, UNEP, Corriere della Será, Paul Virtuani.



Cortesia de UNEP/WMO/You Tube/JDACT

Buraco do Ozone. Um pouco melhor. 16 de Setembro de 1987, Protocolo de Montreal: «Na Antártida, as coisas estão melhorando gradualmente. Em comparação com o tamanho máximo atingido em 24 de Setembro de 2006 (29,6 milhões de km2), o buraco de ozone diminuiu para 22,6 milhões em 25 de Setembro do ano passado»



Cortesia de wikipedia

 
«Uma vez que este caso é uma confusão a nível global, as Nações Unidas, em 1995, que instituiu o Dia Internacional para a preservação da camada de ozone. A escolha está ligada à data de 16 de Setembro de 1987, quando foi assinado o Protocolo de Montreal pelo qual os CFCs foram banidos, isto é, o principal gás culpado pela destruição da camada de ozone ou trioxigénio sobre os pólos, que foi ratificado por 196 países.

O ozone é uma molécula particular de oxigênio composta por três átomos de oxigênio ao invés do usual duas que respiramos. A Terra é cercada por uma camada natural de ozone na estratosfera e situa-se entre 15 e 32 km de altitude. A camada é tão rarefeita que se fosse comprimida à pressão atmosférica ao nívem médio do mar, teria uma espessura que não ultrapassaria os 3 mm. Esta camada tem a propriedade de absorver a radiação ultravioleta do Sol; por este motivo, sem a protecção do ozone, as radiações causariam graves danos aos organismos vivos que habitam à superfície do planeta Terra. É importante lembrar que não é o ozone em si o responsável pela protecção contra os raios ultravioletas, mas o ciclo ozone-oxigênio. Neste ciclo, há grande absorção da radiação solar, transformada em energia térmica na estratosfera. Os CFCs, conhecidos pelo efeito prejudicial à ozonosfera, por meio do cloro gasoso, têm o papel de paralisar o ciclo.

 



Cortesia de youtube e unep

O ozone (O3), é um gás à temperatura ambiente, instável, altamente reactivo e oxidante, diamagnético, O gás liquefaz à temperatura de -112° C, e possui ponto de congelamento a -251,4° C, é uma variedade alotrópica do elemento oxigénio (O), formada por três átomos deste elemento, unidos por ligações simples e duplas, sendo um híbrido de ressonância com comprimento médio de ligação de 0,128 nm , possui coloração azul pálida, atingindo coloração azul escura quando transita para o estado líquido. Ele está presente em pequenas concentrações naturalmente na estratosfera, parte de atmosfera que abrange aproximadamente dos 15 até 50 km de altura. Uma notável característica deste gás é a sua capacidade de absorver luz ultravioleta solar na faixa de 220-320 nm, (embora diferentes autores discordem ligeiramente sobre esse limite) o que o torna um ‘escudo’ natural da Terra, camada de ozone, para os seres humanos e a outras formas de vida, para o qual esses raios são nocivos. A produção não-catalítica natural de ozone ocorre com a colisão de uma molécula de O2 com um átomo de oxigénio. A sua destruição não-catalítica se deve ao facto dele absorver as radiações ultravioleta solar, sendo destruído por esse processo ou por reacções com átomos de oxigénio.

 


Cortesia de youtube e unep

A destruição catalítica do ozone ocorre devido a existência de átomos e moléculas, chamados de catalisadores, que reagem eficientemente com o ozone retirando um átomo de oxigénio de sua estrutura molecular. Exemplos de catalisadores: Cloro e Bromo. O buraco na camada de ozone é um fenómeno que ocorre somente durante uma determinada época do ano, entre Agosto e início de Novembro. Quando a temperatura se eleva na Antárctica, em meados de Novembro, a região ainda apresenta um nível abaixo do que seria considerado normal de ozone. No decorrer do mês, em função do gradual aumento de temperatura, o ar circundante à região onde se encontra o buraco inicia um movimento em direcção ao centro da região de baixo nível do gás. Desta forma, o deslocamento da massa de ar rica em ozone (externa ao buraco) propicia o retorno aos níveis normais de ozonificação da alta atmosfera fechando assim o buraco. A Organização Meteorológica Mundial (WMO) no seu relatório de 2006 prevê que a redução na emissão de CFCs, resultante do Protocolo de Montreal, resultará numa diminuição gradual do buraco de ozone, com uma recuperação total por volta de 2065. No entanto, essa redução será mascarada por uma variabilidade anual devida à variabilidade da temperatura sobre a Antárctica. Quando os sistemas meteorológicos de grande escala, que se formam na troposfera e sobem depois à estratosfera, são mais fracas, a estratosfera fica mais fria do que é habitual, o que causa um aumento do buraco na camada de ozone. Quando eles são mais fracos (como em 2002), o buraco diminui». In Wikipedia, WMO, UNEP, Corriere della Sera, Paul Virtuani.

Continua
Cortesia de UNEP/WMO/You Tube/JDACT

sábado, 7 de maio de 2011

El Niño, Oscilação sul, ENSO: Estado de Alerta de ENSO, advertência de La Niña. Espera-se que se desenvolvam condições de ENSO-neutral durante os meses de Maio a Junho de 2011 e que continue durante o Verão no Hemisfério Norte

Cortesia de noaa

El Niño, Oscilação sul, ENSO
Centro de Previsões Climáticas/NCEP/NWS
Estado de Alerta de ENSO, advertência de La Niña

Sinopse: Espera-se que se desenvolvam condições de ENSO-neutral durante os meses de Maio a Junho de 2011 e que continue durante o Verão no hemisfério norte.

Cortesia de noaa

Durante o mês de Abril de 2011, La Niña continuou a enfraquecer devido a um aumento na anomalia da temperatura da superfície e subsuperfície do Oceano Pacífico equatorial. Os últimos índices semanais do El Niño reflectem temperaturas da superfície do mar (SST) abaixo da normal no Pacífico central e leste central (-0,6ºC na região de El Niño 4 e Niño 2.4), e temperaturas da superfície da superfície do mar cerca da normal e acima da normal na parte leste do Oceano Pacífico (-0,1ºC na região do El Niño 3 e +0,8ºC na região El Niño 1+2), figuras 1 e 2.


Figuras 1 e 2
Cortesia de noaa
As anomalias do conteúdo calórico da subsuperfície oceânica (temperaturas normais nos 300 metros do oceano, figura 3) aumentaram levemente, figuras 4 e 5.

Figura 3

Figuras 4 e 5
Cortesia de noaa
Além disto, as anomalias nos vento de leste nos níveis baixos e de oeste nos níveis altos da troposfera persistiram na região. Colectivamente, estas anomalias oceânicas e atmosféricas reflectem um a debilidade da La Niña, mas com uma continuação nos impactos globais.
As tendências observadas, são iguais aos prognósticos de quase todos os modelos matemáticos de ENSO, indicando que La Niña continua a enfraquecer nos próximos meses, com a indicação de ENSO neutral para MAIO-JUNHO-JULHO de 2011, fig 6.

Figura 6
Cortesia de noaa
 
Cortesia de NOAA/NCEP/NWS/JDACT

quarta-feira, 23 de março de 2011

Dia Meteorológico Mundial. 23 de Março. «O Clima para si». «Na ocasião do 61º Dia Meteorológico e em nome da OMM desejo transmitir o nosso agradecimento a todos os colegas dos 189 membros, mas também as instituições académicas e de investigação...»

Cortesia de importugal

A 23 de Março de 1950 entrou em vigor a Convenção da Organização Meteorológica Mundial (OMM) que se tornaria um ano depois, em 1951, uma agência especializada da Organização das Nações Unidas.
Foi, neste contexto, que foi decidido estabelecer o dia 23 de Março como Dia Mundial da Meteorologia.
Para este ano, o Conselho Executivo da OMM escolheu o tema «O Clima para si» procurando dinamizar a interacção entre os Serviços Meteorológicos Nacionais (SMN) e os utilizadores da informação meteorológica e climática, por forma a garantir a resposta mais adequadas às necessidades dos indivíduos e da sociedade.

Inserido nas comemorações do Dia Mundial da Meteorologia, 23 de Março, o Instituto de Meteorologia, I.P. procederá à apresentação na sua sede em Lisboa, em simultâneo com a Agência Estatal de Meteorologia de Espanha, do Atlas Climático Ibérico, bem como à apresentação do projecto «MeteoGlobal», com o qual se pretende aumentar a interacção do IM com a comunidade meteorológica amadora em Portugal.

(Climate for you)
(El Clima y tú)
 
Climate for you
Message by Michel Jarraud, Secretary-General of WMO, on the occasion of World Meteorological Day 2011.
According to Titus Livius (~ 59 BC – AD 17) and his History of Rome, the lustrum was in ancient Rome a five-year period between two successive censuses, the first of which was established by ancient Rome’s sixth king, Servius Tullius, in the 6th century BC. This periodicity was maintained throughout the early Roman Republic as a natural cycle and today the term is freely used, in some languages, to designate any 5-year period. For WMO, the lustrum which has concluded at the end of 2010 will surely be remembered as a vital preparatory period for the establishing of climate services. In November 2005 the Beijing-held WMO Technical Conference on Climate as a Resource advocated that nations mobilize their capabilities to facilitate the mounting societal demand for these services, noting that climate has both physical aspects which can shape the availability of natural resources, such as in particular renewable energies, as well as informational aspects that may be used, at least potentially, to support socioeconomic decision-making. Moreover, climate as a resource can have considerable influence on the management of other natural resources, in particular to optimize agricultural performance and food security, water management, health and many other essential applications, thereby posing very attractive challenges to the resourcefulness of the international hydrometeorological community. The WMO Conference on Living with Climate Variability and Change: Understanding the uncertainties and managing the risks (Espoo, Finland, July 2006) underscored soon afterwards that, while climate is indeed a critical resource, we are also especially vulnerable to its variability and change. Accordingly, it anticipated that while some actions would have to be taken in urgency to manage the risks of climate variability and change impacts, others would be increasingly implemented to harvest the benefits to be derived from climate information and services, particularly by various socio-economic sectors which could thereby maximize their efficiency and productivity, while contributing to manage those risks.
In March 2007, WMO organized in Madrid the International Conference on Secure and Sustainable Living: Social and Economic Benefits of Weather, Climate and Water Services, which provided an outstanding opportunity for a wide exchange of views, expectations and knowledge across various societal sectors to optimize the decision-making process. Moreover, 2007 was the year when the WMO co-sponsored IPCC released its fourth Assessment Report and received the prestigious Nobel Peace Prize, as well as when the fifteenth World Meteorological Congress agreed to convene with partners a third World Climate Conference, in the spirit of the previous two historic World Climate Conferences which WMO had organized in 1979 and 1990.
Not long before the WCC-3 began, the WMO Executive Council decided at its sixty-first session in June 2009 that the theme of the World Meteorological Day for 2011, commemorating the coming into force of the WMO Convention on 23 March 1950, would be “Climate for you”.

Michel Jarraud

However, more than just a single year, “Climate for you” can readily be recognized as the unofficial theme for the lustrum which has concluded at the end of 2010, when the High-level Taskforce presented to WMO the report mandated by the WCC-3 High-level Segment, including in particular the proposals for a Global Framework for Climate Services (GFCS), its implementation principles, recommended structure, governance suggestions and possible initial priorities.
As WMO has recently reported, 2010 was the warmest year on record, at the same level as 1998 and 2005, since the relative differences between the three years were less significant than the uncertainty margin, which only confirms the observed long-term warming trend highlighted by the IPCC report, for all of the ten warmest years on record were experienced since 1998. Additionally, over the ten years elapsed since 2001, global temperatures averaged almost half a degree above the 1961-1990 mean, the highest ever recorded for any 10-year period since the beginning of instrumental climate observations.
Less than two months from now, next May, the High-level Taskforce report will be among the key issues to be considered by WMO Members during the sixteenth World Meteorological Congress, heralding a new era thereafter in international cooperation in the provision of climate information and services for decision-making.


WMO activities in the area of climate are widely perceived today as key contributions to human safety and well-being and the realization of economic benefits for all nations, thereby bringing us even closer to the spirit of our founding mandate, the WMO Convention, which came into force sixty-one years ago on this date, as well as to the patrimony of the former International Meteorological Organization (IMO) established by the First International Meteorological Congress (Vienna, September 1873).
These actions will also sustain the attainment of another vital WMO objective: that of halving by 2019 the 1994-2003 ten-year average of deaths caused by disasters of meteorological and hydrological origin. Furthermore, they will support the objectives of the Fourth United Nations Conference on the Least Developed Countries (LDC-IV), which will soon take place in Istanbul, and the achievement of the UN Millennium Development Goals (MDGs), particularly in terms of eradicating by 2015 extreme poverty and hunger and of ensuring environmental sustainability.
Therefore, on the occasion of the World Meteorological Day for 2011 and on behalf of WMO, I would like to express our appreciation to all those colleagues across WMO's 189 Members who, over the last years, have actively contributed to these key objectives, for theirs is the merit of facilitating “Climate for you”.

OMM/JDACT