Cortesia NASA, satélite SDO
As tempestades solares estão associadas às manchas solares e mostram ciclos de actividade que tem uma duração de onze anos. São conhecidas desde Galileu. Porém somente agora é que se conhece o seu poder destrutivo. Em Jjulho de 2000, cientistas do Colorado detectaram uma grande emissão de raios X numa região do Sol que teve actividade nos dias anteriores. A energia foi estimada em bilhões de megatoneladas de TNT.
Cortesia NASA, satélite SDO
A ESA e a NASA lançaram em 1995 a nave SOHO (Solar and Heliospheric Observatory) equipada com 12 instrumentos para estudar o Sol. A Soho está localizada num dos pontos de Lagrange, o primeiro, chamado L1, localizado a 1,5 milhão de quilómetros da Terra, um décimo da distância até ao Sol.
E foi essa nave que detectou a explosão solar. Trinta minutos depois, a Soho detectou outro fenómeno, uma bolha de bilhões de toneladas de plasma, partículas electricamente carregadas. A bolha viajava a 1.700 km/s e chegou na Terra 25 horas depois. Ao passar pelo Soho, a bolha desligou os instrumentos temporariamente. Na órbita terrestre, a bolha destruiu um satélite japonês e danificou outros.
A próxima tempestade solar ocorrerá em 2011 e já causa preocupação. E com razão pois, em Março de 1989, a cidade de Quebec, Canadá, teve um grande apagão por causa de uma forte tempestade solar. Esse apagão durou 90 segundos, mas Montreal, Canadá, ficou sem energia elétrica por mais de nove horas.
Cortesia NASA, satélite SDO
Uma tempestade solar é capaz de paralisar a rede eléctrica, causar interferências nos sinais de rádio, afectar os sistemas de navegação aéreas, as linhas telefónicas, etc. Em 1859, uma forte tempestade solar afectou as linhas telegráficas dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Argentina. O evento também foi causa de muitos incêndios. Além disso, a aurora boreal, fenómeno que só é visto nas regiões árticas, pôde ser visto em Roma, Havaí, etc. Esse fenómeno que ocorreru há 150 anos, afectou tudo o que era eléctrico, ou seja, os telégrafos. Hoje temos toda a sociedade baseada em satélites e comunicações por cabos. Um evento desta envergadura pode levar-nos a um retrocesso na tecnologia. A questão que neste momento se põe, não é se, é quando.
Cortesia NASA, satélite SDO
Cortesia da NASA/universo num/Fernando Stocco/JDACT