Cortesia de evoluindosempre
Com a devida vénia a Christiane Águas.
«Conseguir gerir a própria vida no sentido mais harmonioso e satisfatório possível depende do diálogo entre duas vozes e, sobretudo, da sua interpretação.
Estas duas vozes, em constante comunicação, são dois dos elementos que fazem parte da composição de um ser humano:
- a consciência,
- o mental.
O processo do mecanismo destes dois elementos ou componentes pode ser vista desta forma.
A consciência tem o papel de guiar, de filtrar as ideias e apresentá-las para facilitar a realização por via do caminho mais simples, mais directo, mais confortável, mais benéfico e lucrativo, possibilitando a concretização com êxito:
- trata-se da sabedoria inata, da inteligência, que tem como porta-voz a intuição, a mente.
O papel do mental é o de aceirar as informações fornecidas, entrar em acordo com as indicações, adaptá-las às condições físicas. Funciona ao nível do racional, da expressão da própria personalidade, da evolução do carácter, do intelecto, da inteligência, formada pelas experiências vividas e a formação académica. É neste conjunto que se situa o subconsciente, criador e estimulador do medo: o mental.
Cortesia de marabianchetti
Este é o funcionamento natural. No entanto, quando surgem situações que são novidade, pioneiras em relação aos hábitos, o modo de entrar em acção do mental pode bloquear de forma a tornar-se passivo ou demasiado perfeccionista, o que acaba por criar dificuldades e atrasos que podem provocar culpabilização, insegurança ou falta de confiança.
Ao seguir a orientação da intuição, o mental torna-se flexível, a energia flui, tudo acontece naturalmente, a gestão do tempo e dos acontecimentos torna-se natural.
As portas abrem-se, as barreiras tornam-se soluções, de tal forma que as coisas acontecem antes de pensar nelas, e tornamo-nos observadores das acções, com a sensação, por vezes, de não participar nelas.
Em geral, quando se activa este mecanismo, embora se viva a alegria e a satisfação do momento, acaba-se por esquecer qual foi a atitude mental, a fórmula de pensamento que espontaneamente se criou para surgirem as facilidades que vivemos, e não se reconhece a sincronização dos encontros com as pessoas certas para a realização dos acontecimentos.
Cortesia de semeadoresdeestrelas
Na projecção dos objectivos, tanto a consciência como o mental são criadores de condições exteriores para proporcionar o êxito. Conseguir aceitar a via indicada pela consciência, e segui-la confiante, é utllizar o melhor sentido para obter os melhores resultados.
Pode acontecer que, por medo ou falta de firmeza, o mental entre em oposição com a intuição. Surge outro planeamento, e avança-se com a chamada força de vontade para obter o que se acha melhor, sem tomar em consideração que pode não ser a realidade. Entra-se na teimosia, com tanto empenho e sinceridade, que se acaba por obter resultados, embora por uma via de esforço, de luta, de insistência destabilizadora e desgastante, ignorando as barreiras que se vão levantando.
O mental torna-se cada vez mais insistente e rígido, as ideias fixas. O lema então é:
- querer é poder, ignorando-se os avisos que indicam que é altura de parar.
Esta é uma via de preparação para a doença.
A decisão final pertence ao mental: é com ele que se utiliza o livre arbítrio. Pertence-lhe a escolha entre o complicado e o simples, a perda e o ganho, a luta e a paz, a passividade e a acção equilibrada, o destruir e o construir.
Cortesia de constelando
Trata-se de um mecanismo de precisão cerebral cujas palavras, no uso das afirmações correspondentes, são o motor de arranque. As interferências, os grãos de areia que encravam este mecanismo e os vírus que afectam a programação mental são:
- a visão curta,
- as ideias preconcebidas ou fixas,
- a imaginação negativa,
- as conclusões erradas,
- os preconceitos,
- a má interpretação na comunicação.
É por essa razão que se torna importante saber diferenciá-los e reconhecê-los espontaneamente». In Aprender a Ser, 2003, Oficina do Livro, Fevereiro 2004, ISBN 972-8579-75-6.
Cortesia do Livro/JDACT