sexta-feira, 4 de março de 2011

Coimbra. Torre da Universidade: Parte II. Ex libris da cidade, reabriu para visitas regulares após. As Visitas à Torre irão decorrer todos os dias úteis com entradas às 11:00 UTC e 15:00 UTC.

Cordesia de os4estarolas

De facto, em tal matéria, pesaria por muito tempo o enigma contido na provisão de D. João V, de 1728, dirigida ao reitor Francisco Carneiro de Figueiroa, onde, sobre as plantas para a nova torre por ele enviadas, riscadas por Gaspar Ferreira (que dirigira a edificação da Biblioteca), o monarca afirmava que «mandandose ver por Arquitectos desta corte não aprovarão a Arquetetura da d.ª Torre e pello mais perito se mandou fazer a que com esta se vos remete, com a q. enviastes, da mesma altura e grandeza, mas de milhor fabrica». Pouco mais de um ano depois, no início de 1730, determinava o Rei que, «pª satisfaçam do Arquitetto que fez a planta p.ª a torre da un.de» (cujo nome, uma vez mais, se não indicava), se despendesse da arca escolar a quantia de 48 000 rs., verba que, na verdade, produz violento contraste com os modestos 6 400 rs. que, em Março de 28, haviam sido entregues a Gaspar Ferreira para o mesmo efeito.

Cortesia de almocrevedaspetas

A Torre da Universidade de Coimbra, ex libris da cidade, reabriu para visitas regulares após um longo período de inactividade. As Visitas à Torre irão decorrer todos os dias úteis com entradas às 11:00 UTC e 15:00 UTC, custo de 10.00€, e uma sessão extra às 16:00 UTC para a comunidade universitária (grátis, com apresentação do cartão de identificação).

Cortesia de skyscrapercity
Os Sinos. «O Cabrão será, entre os estudantes, tão famoso quanto a Torre da Universidade onde está instalado: é o sino cujo som, ainda hoje, desperta para as aulas. Não é difícil adivinhar por que lhe foi dada a carinhosa alcunha… Já a Cabra é o sino cujo som serve para marcar o fim do dia de aulas. Finalmente, o Balão, outro sino da Torre, só toca em doutoramentos ou ocasiões festivas».

Galinha
Quando lhe perguntarem «Preto é, Galinha o pôs em Coimbra?», deverá ser dos poucos novos alunos que sabem que lhe estão a falar do portão principal do Jardim Botânico da UC.
Feito em ferro forjado com aplicações em bronze, foi desenhado, precisamente, por Mestre Galinha.

Cortesia de uc
Monumentais
Monumentais são, em Coimbra, as Escadas que te levam à Alta Universitária. Na totalidade, 125 degraus, divididos por cinco lanços de escadas, cada um representando, em contas pré-Bolonha, um ano de curso. E embora possa ser apenas um mito que cair num daqueles lanços representa reprovar no ano respectivo, bem mais difícil do que acreditar nesta estória é conseguir chegar ao cimo das Monumentais com fôlego.

Cortesia de uc
Raposa
A raposa é o mais odiado dos animais na Academia de Coimbra, isto porque «Apanhar a raposa» significa não passar de ano. A expressão está relacionada com um certo azulejo da Faculdade de Direito, junto ao qual os alunos esperavam antes das provas e onde está desenhado aquele animal. O ódio é de tal forma que o dito azulejo está agora esbatido dada a força dos pontapés que, ainda hoje, lhe aplicam os estudantes que reprovam.

Cortesia de uc
República
Uma República é uma casa tradicional habitada por estudantes, que partilham as tomadas de decisão e a gestão do seu funcionamento. Juntam as tradições à irreverência e assentam em valores como a democracia e a vida em comunidade. É uma forma diferente, e muito própria, de viver a UC.
As suas origens remontam ao século XIV, quando D. Dinis, por diploma régio de 1309, promovia a construção de casas na zona de Almedina, destinadas a estudantes, mediante pagamento de um aluguer. O montante seria fixado por uma comissão, expressamente nomeada pelo Rei, constituída por estudantes e por «homens bons» da cidade.

Cortesia de rof2000





Cortesia da Universidade de Coimbra/JDACT